COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
PSEUDÔNIMO
DA ALEGRIA E CONSTERNA
ÇÃO
DA ALEGRIA E CONSTERNA
ÇÃO
Nobres:
Sempre sou subjetivo nos meus comentários que me transformou em preceito
natural para me acercar! Muitas pessoas, inclusive nós, confesso no hábito de
nos expressar quando cumprimentamos as pessoas do íntimo e ao desconhecido é
uma mania latente que tomou conta da gente. Neste aspecto em termos
generalizado o que predomina por “quase todo mundo” é se dirigir a segunda
pessoa do verbo é chamar por SEU ZÉ! Zé é o apelido mais popular de todos, quem
não conhece pelo menos um Zé? Nada mais informal que chamar um amigo de Zé, o
apelido confere uma certa intimidade. O meu amigo Zé sempre foi a essência da
informalidade, da espontaneidade, a transparência em pessoa, daquelas que dá para
ver pela expressão do rosto o que a pessoa está sentindo. Nada mais brasileiro,
também, que botar a boca nas redes sociais. Pois o Zé nunca mediu palavras, não
contemporizou, sempre disse tudo que pensava, nunca poupou presidentes,
governadores, deputados, prefeitos, vereadores. Às vezes irônico, às vezes revoltado, mas nunca perdendo a esperança de
que sua voz repercutisse, não importava o número de curtidas. Uma propaganda
dizia que "o brasileiro não desiste nunca", o que faz sentido diante
de tantas dificuldades, o Zé sempre foi assim, um brasileiro, sem nunca deixar
de se manifestar. Mas o mais gratificante para os amigos nunca foi sua
transparência, foi sua afetividade, sua alegria e seu entusiasmo. Nunca conheci
ninguém com tanta vontade de viver, sendo intenso a cada momento, colocando
todo coração no seu fazer. Onde houve um encontro, uma reunião, o Zé sempre foi
o primeiro a colaborar, a arrumar o salão para receber os outros. Ser
brasileiro é ser simples, participativo, é gostar de se reunir com os amigos, é
manifestar sua afetividade, é ser emotivo, alegre, ser intenso a ponto de
parecer às vezes passional, apaixonado pelas causas em que acredita. Não sei o
Zé que conhecemos, mas esse é o retrato perfeito do amigo Zé. Nós criticamos os
políticos, mas sabemos que não existe bem-estar coletivo sem política, sem
governo, a sociedade precisar enfrentar seus problemas. Então faz parte seguir
criticando, propondo, criticando, apoiando, reclamando dos políticos em geral,
no entanto tendo às vezes esperança em algum em particular. O Zé também sempre
foi bem brasileiro assim, criticando os políticos em geral, mas mantendo sua
esperança em algumas exceções, que lhe representavam. Espero que seu amigo Zé
lhe dê muitas alegrias no convívio, nas conversas, nas parcerias, nas boas
lembranças do cotidiano. Para reverenciar os Zés, sentimos a lembrança do amigo
que nos anos setenta, se sentia mais alegre, afetivo e cheio de vida, com o
decorrer do tempo, navegou em profunda melancolia, em função da perda de seus entes
mais próximos, “chamava-se Zé” - o ZÉ OTAVIANO NETO - foi meu colega do serviço
público. Faleceu recentemente.
Antônio Scarcela Jorge.
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