domingo, 26 de janeiro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO 26 DE JANEIRO DE 2020


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
PSEUDÔNIMO 
DA ALEGRIA E CONSTERNA
ÇÃO

Nobres:
Sempre sou subjetivo nos meus comentários que me transformou em preceito natural para me acercar! Muitas pessoas, inclusive nós, confesso no hábito de nos expressar quando cumprimentamos as pessoas do íntimo e ao desconhecido é uma mania latente que tomou conta da gente. Neste aspecto em termos generalizado o que predomina por “quase todo mundo” é se dirigir a segunda pessoa do verbo é chamar por SEU ZÉ! Zé é o apelido mais popular de todos, quem não conhece pelo menos um Zé? Nada mais informal que chamar um amigo de Zé, o apelido confere uma certa intimidade. O meu amigo Zé sempre foi a essência da informalidade, da espontaneidade, a transparência em pessoa, daquelas que dá para ver pela expressão do rosto o que a pessoa está sentindo. Nada mais brasileiro, também, que botar a boca nas redes sociais. Pois o Zé nunca mediu palavras, não contemporizou, sempre disse tudo que pensava, nunca poupou presidentes, governadores, deputados, prefeitos, vereadores. Às vezes irônico, às vezes revoltado, mas nunca perdendo a esperança de que sua voz repercutisse, não importava o número de curtidas. Uma propaganda dizia que "o brasileiro não desiste nunca", o que faz sentido diante de tantas dificuldades, o Zé sempre foi assim, um brasileiro, sem nunca deixar de se manifestar. Mas o mais gratificante para os amigos nunca foi sua transparência, foi sua afetividade, sua alegria e seu entusiasmo. Nunca conheci ninguém com tanta vontade de viver, sendo intenso a cada momento, colocando todo coração no seu fazer. Onde houve um encontro, uma reunião, o Zé sempre foi o primeiro a colaborar, a arrumar o salão para receber os outros. Ser brasileiro é ser simples, participativo, é gostar de se reunir com os amigos, é manifestar sua afetividade, é ser emotivo, alegre, ser intenso a ponto de parecer às vezes passional, apaixonado pelas causas em que acredita. Não sei o Zé que conhecemos, mas esse é o retrato perfeito do amigo Zé. Nós criticamos os políticos, mas sabemos que não existe bem-estar coletivo sem política, sem governo, a sociedade precisar enfrentar seus problemas. Então faz parte seguir criticando, propondo, criticando, apoiando, reclamando dos políticos em geral, no entanto tendo às vezes esperança em algum em particular. O Zé também sempre foi bem brasileiro assim, criticando os políticos em geral, mas mantendo sua esperança em algumas exceções, que lhe representavam. Espero que seu amigo Zé lhe dê muitas alegrias no convívio, nas conversas, nas parcerias, nas boas lembranças do cotidiano. Para reverenciar os Zés, sentimos a lembrança do amigo que nos anos setenta, se sentia mais alegre, afetivo e cheio de vida, com o decorrer do tempo, navegou em profunda melancolia, em função da perda de seus entes mais próximos, “chamava-se Zé” - o ZÉ OTAVIANO NETO - foi meu colega do serviço público. Faleceu recentemente.
Antônio Scarcela Jorge.

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