COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
A PROPÓSITO DE EXPECTATIVA DA VIDA
Nobres:
Muitos discorrem a expectativa de vida humana como fator de
desenvolvimento alcançado por fatores diversos e contraditórios ao mesmo tempo,
ao conhecermos mais do mundo real e os problemas envolvidos na vida em
sociedade, o medo e a ansiedade tomam conta de nós. Com o passar do tempo, nos
tornamos mais angustiadas, dadas as demandas que recaem sobre nós e os riscos a
que somos persistentemente expostos. Ao acumularmos mais maturidade e
entendermos melhor os limites do sofrimento e dimensionarmos melhor os riscos a
que estamos sujeitos restringem a ansiedade e aprendemos a obter satisfação de
coisas mais simples, as relações humanas entre elas. Paralelamente, o acúmulo
de experiência profissional e a consolidação de nossa posição no mercado de
trabalho reduzem a percepção de risco a que estamos sujeitos. Isso também
contribui para nossa maior felicidade a partir dos quarenta e cinco anos, mais
ou menos, se transformando como a idade
da razão. Os economistas possuem sobre a relação entre renda e idade. Ela é a
chamada Teoria do Ciclo de Vida. Imagino que no início da vida as pessoas geram
renda baixa e sobrevivem de “empréstimos” que recebem dos seus responsáveis
(pais, etc.). Com o passar dos anos, aumenta a sua geração de renda
paulatinamente, atingindo um máximo. Depois os indivíduos passam a despender menos
tempo no engajamento produtivo e vão diminuindo a renda gerada a partir de tal
esforço, eles passam a manter seu padrão de vida recorrendo ao estoque de
riqueza acumulado a partir de rendas anteriores (e juros que ele gera). O
esforço produtivo vai caindo paulatinamente, até o fim da vida. Estudos
empíricos indicam que a geração de renda atinge seu máximo pouco acima dos
cinquenta anos de idade em países desenvolvidos e um pouco antes em países em
desenvolvimento. A proximidade no momento da vida dessas duas reversões de intenções
não é aleatória ela sugere que quanto maior a necessidade de gerar recursos
financeiros é mais infeliz. A convenção desses dois resultados parece lembrar
que dinheiro pode até não trazer felicidade, mas a necessidade ou maior
responsabilidade pela sua geração realmente reduz a felicidade. Vale salientar
que esses resultados são padrões de comportamento, não necessariamente
refletindo a vida de todos e em virtude disso embraveemos refletir sobre esses
conceitos.
Antônio Scarcela Jorge.
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