sábado, 14 de dezembro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO 14 DE DEZEMBRO DE 2019


COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
CELEBRAÇÃO PECULIAR

Nobres:
Como no nosso país como “norma” praticamente tudo é motivo para comemoração, mas o Dia Internacional Contra a Corrupção, festejado por diversas instituições, extrapola as fronteiras nacionais e merece ser reverenciado pela simbologia que carrega principalmente no momento em que está na pauta de discussões á volta da prisão após condenação em 2ª instância ao arcabouço jurídico do país e a aprovação do pacote anticrime idealizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. As duas questões são consideradas de fundamental importância pelos que se batem contra a corrupção, para extirpar essa chaga que corrói as instituições democráticas brasileiras. Os parlamentares éticos infelizmente em nosso Ceará em sua maioria não primam pela ética e só tem os reais interesses e que carregam em suas costas o amargor dos seus antecedentes que o povo sabe e que tentam interceptar esses projetos, por ações escusas e imorais. Belas excelências! Na contra ordem desses projetos juristas, magistrados e autoridades federais se mostram otimistas com a aprovação de um dos dois projetos que tramitam no Congresso relativo ao restabelecimento da prisão antes de esgotados todos os recursos aos tribunais superiores. O Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) o chamado trânsito em julgado. A utilização de infindáveis recursos beneficia apenas os réus que dispõem de capacidade financeira para bancar as melhores e mais caras bancas advocatícias do país, que conseguem adiar uma decisão final por longos anos. Mas o que é real se esbarra nesse espúrio e lastimável potencial local, é que o Senado deu mais um passo, no sentido de restabelecer a prisão após condenação em 2ª instância. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por vinte e dois votos a um, projeto de lei que prevê o retorno dessa possibilidade. Como é classificado como terminativo, não tem necessidade de ir a plenário antes de ser encaminhado para apreciação da Câmara dos Deputados, onde está uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de semelhante teor. Inegável que a sociedade reagiu à decisão do STF, mês passado, de suprimir a prisão após condenação em 2ª instância, e o Congresso somente acompanhou os anseios da população e colocou o tema novamente em debate. Neste contexto foi chamado a instar sobre esta questão cujo referendo a posição majoritária de amplos setores sociais, o ministro Sérgio Moro, homenageado na sessão solene no Parlamento para celebrar o Dia Internacional Contra a Corrupção, foi enfático. Disse que “a corrupção disseminada, como tínhamos não há muito pouco tempo, afeta a nossa capacidade como povo. Ataca e corrói os fundamentos da nossa democracia”. Saiu em defesa da Lava-Jato, que comandou durante anos, lembrando que ninguém poderia imaginar que tamanho esquema de corrupção revelado pela operação seriam descobertas, provadas e, os envolvidos presos, depois de condenados pela Justiça e no ensejo para advertir que nada teria acontecido e ninguém teria ido para a cadeia se não houvesse forte pressão da sociedade, como as manifestações em março de 2016, que tomaram as ruas das principais cidades do Brasil em favor do combate à corrupção. Também afirmou ser imprescindível a prisão após a condenação em 2ª instância, devido às dificuldades de se prender criminosos, principalmente os denominados de colarinho branco. Assim, espera-se celeridade dos congressistas que o instrumento jurídico suprimido pelos votos de seis dos onze ministros do STF volte a integrar as regras do Judiciário, emendou.
Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário