COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
COTIDIANO RETÓRICO
Nobres:
Antes de
tudo estimamos quando a sociedade se intensifica em buscar desenvolvimento
prende-se melhor articulação e não apelar para certas convicções que de muito
tempo está abolida. Um exemplo digno de se perceber onde a sucessão geradora
desses desleixos ainda está à tona e, “um dos quais, vem contribuir” para o
aceleramento nada objetivo a que se propõe constituindo “as horas
intermináveis” nada justificando loas sem consequência nenhuma. O jornalismo
tem compromisso não está vinculado aos ventos passageiros da política e dos
partidarismos. Sua agenda é, ou deveria ser determinada por valores perenes:
liberdade, dignidade humana, respeito às minorias, promoção da livre iniciativa,
abertura ao contraditório. Por isso os verdadeiros jornalistas profissionais,
obviamente, com formação acadêmica, às vezes são vergalhados pelos que desenham
projetos autoritários de poder. O jornalismo sustenta a democracia não com
engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol
de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima O bom jornalista ilumina a
cena, o repórter manipulador constrói a história. A apuração de mentira
representa uma das mais graves agressões à ética e à qualidade informativa.
Prestem bem atenção! Matérias previamente decididas em ambientes sectários
buscam a cumplicidade da imparcialidade aparente. A decisão de ouvir o outro
lado não é honesta, não se aguenta na busca da verdade, mas num artifício que transmite
uma máscara de isenção, uma ficção de imparcialidade. O assalto à verdade
culmina com uma estratégia exemplar: repercussão seletiva. O pluralismo de
fachada convoca pretensos especialistas para declarar o que o repórter quer
ouvir. Mata-se a notícia. Cria-se a versão. A revalorização da reportagem,
pautas próprias do jornalismo analítico devem estar entre as
prioridades estratégicas. É preciso atiçar o leitor com matérias que rompam a
monotonia do jornalismo de registro. Menos aspas e mais apuração. Menos
Brasília, menos o Estado do Ceará e seja mais real. Fazer mexerica para
construir cenas imorais, pejorativa, lacônica, redigir textos sem sentido não é
parte da verdadeira imprensa. Como fomos provocados. Antes de se enunciar deveríamos
analisar certos pronunciamentos para melhor se instar.
Antônio Scarcela
Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário