COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
MELHORIA
ENGASTADA
Nobres:
Saímos um pouco do infecto
cenário da política que nos propicia momentaneamente iremos atalhar no tema dos
supostos avanços de duas medidas destinadas a diminuir a influência de partidos
sem representatividade é uma questão hoje de plena vigência até que os
interesses de políticos corruptos de larga influência no Congresso Nacional
venha retroceder, voltar o mesmo fato como ocorreu de data vênia, a passo de difícil
acreditar: Mesmo assim para que uma agremiação política desfrute de plenas
prerrogativas legais. Há hoje inconcebíveis 39 legendas registradas, 25 delas
com representantes na Câmara. A outra, extingue a partir de 2020, em eleições
para deputados e vereadores, as coligações partidárias, mecanismo que assegura
a legendas minúsculas a possibilidade de ver eleitos seus candidatos, além de
promover a constituição de alianças sem nenhuma coerência ideológica ou
programática. Num lance surpreendente, o Congresso aprovou o fim da propaganda
partidária nas redes de rádio e televisão aquela conhecida e irritante rotina
estendida ao longo do ano, que não se confunde com o horário reservado aos
candidatos em períodos eleitorais. Fracasso, felizmente a ideia de liberar o
telemarketing eleitoral, que deixaria o eleitor brasileiro exposto a
telefonemas políticos das 9 às 20h, de segunda a sábado. Entretanto o principal
objetivo de toda a reforma com o qual concordaram as lideranças de partidos tão
díspares quanto o DEM, o PC do B, o PMDB e até o PT, o leitor sabe por quê? Respondo
incontinente, foi impor aos contribuintes uma conta de cerca de R$ 2 bilhões
para que os políticos brasileiros financiem suas campanhas; estas já contavam
com algo em torno de R$ 1 bilhão do Fundo Partidário, aí como é padrão, tem
roubo promovido pela legenda, é surrupiar o erário em nome dos pobres como
dizem os “santinhos” como estratégia a famosa massa de manobra que ajunta o
povão que gosta de ser enganado constituindo numa interação que o povão também
participa ao lado das instituições de classes, setores da comunicação, igreja e
tudo que são infalíveis e santificados. E o povo nada vê como inconscientes que
serão quando gerações futuras por força naturais há de se conscientizar. Essa
investida contra os cofres públicos é a consequência plenamente evitável, da
proibição a que empresas contribuam com candidaturas e partidos. Se associado a
regras de transparência e a limites rígidos de gastos, o financiamento privado,
e ademais voluntário, não teria por que ser extinto. Anunciou-se, entretanto,
um máximo de gastos permitidos a cada candidatura, o que é positivo. De mais
esdrúxulo, uma emenda obriga sites a retirar temporariamente conteúdos
políticos da internet a partir de mera denúncia de usuário, sem necessidade de
ordem judicial. Não parece incrível pela essência da democracia brasileira,
apoiada nas ditaduras que tal disparate possa prosperar.
Antônio
Scarcela Jorge.
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