sexta-feira, 26 de abril de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 26 DE ABRIL DE 2019

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
MELHORIA ENGASTADA
Nobres:
Saímos um pouco do infecto cenário da política que nos propicia momentaneamente iremos atalhar no tema dos supostos avanços de duas medidas destinadas a diminuir a influência de partidos sem representatividade é uma questão hoje de plena vigência até que os interesses de políticos corruptos de larga influência no Congresso Nacional venha retroceder, voltar o mesmo fato como ocorreu de data vênia, a passo de difícil acreditar: Mesmo assim para que uma agremiação política desfrute de plenas prerrogativas legais. Há hoje inconcebíveis 39 legendas registradas, 25 delas com representantes na Câmara. A outra, extingue a partir de 2020, em eleições para deputados e vereadores, as coligações partidárias, mecanismo que assegura a legendas minúsculas a possibilidade de ver eleitos seus candidatos, além de promover a constituição de alianças sem nenhuma coerência ideológica ou programática. Num lance surpreendente, o Congresso aprovou o fim da propaganda partidária nas redes de rádio e televisão aquela conhecida e irritante rotina estendida ao longo do ano, que não se confunde com o horário reservado aos candidatos em períodos eleitorais. Fracasso, felizmente a ideia de liberar o telemarketing eleitoral, que deixaria o eleitor brasileiro exposto a telefonemas políticos das 9 às 20h, de segunda a sábado. Entretanto o principal objetivo de toda a reforma com o qual concordaram as lideranças de partidos tão díspares quanto o DEM, o PC do B, o PMDB e até o PT, o leitor sabe por quê? Respondo incontinente, foi impor aos contribuintes uma conta de cerca de R$ 2 bilhões para que os políticos brasileiros financiem suas campanhas; estas já contavam com algo em torno de R$ 1 bilhão do Fundo Partidário, aí como é padrão, tem roubo promovido pela legenda, é surrupiar o erário em nome dos pobres como dizem os “santinhos” como estratégia a famosa massa de manobra que ajunta o povão que gosta de ser enganado constituindo numa interação que o povão também participa ao lado das instituições de classes, setores da comunicação, igreja e tudo que são infalíveis e santificados. E o povo nada vê como inconscientes que serão quando gerações futuras por força naturais há de se conscientizar. Essa investida contra os cofres públicos é a consequência plenamente evitável, da proibição a que empresas contribuam com candidaturas e partidos. Se associado a regras de transparência e a limites rígidos de gastos, o financiamento privado, e ademais voluntário, não teria por que ser extinto. Anunciou-se, entretanto, um máximo de gastos permitidos a cada candidatura, o que é positivo. De mais esdrúxulo, uma emenda obriga sites a retirar temporariamente conteúdos políticos da internet a partir de mera denúncia de usuário, sem necessidade de ordem judicial. Não parece incrível pela essência da democracia brasileira, apoiada nas ditaduras que tal disparate possa prosperar.
Antônio Scarcela Jorge.

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