COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
RAPTO DA DEMOCRACIA
Nobres:
É a implícita realidade em nosso
País que após sete eleições presidenciais desde 1989, o que vimos no país foi o
crescimento da influência do poder econômico na sustentação dos partidos
políticos em anos não eleitorais e sua presença mais do que abusiva a cada dois
anos nas campanhas majoritárias e proporcionais. As obras para a Copa de 2014 e
para os Jogos Olímpicos não escaparam desse mecanismo público-privado. Haja
corrupção. Ao lado disso, com a globalização financeira e a livre circulação de
capitais, a autonomia dos estados nacionais para decidir o investimento em
políticas sociais, da produção industrial e a busca do pleno emprego com
distribuição de renda, segundo estratégias de um projeto autônomo de
desenvolvimento, parece estar com os dias contados. Ou os estados nacionais
atendem aos seus interesses de acumulação ou de nada valerá a vontade dos
eleitores e os compromissos de campanha anunciados por alguns dos eleitos ao
governo das nações periféricas. Isso significa se deixar monitorar pelo FMI,
por agências de rating, pelo mercado financeiro, que determinam quais devem ser
as políticas monetária, tributária, fiscal e cambial e de que forma as finanças
públicas devem ser conduzidas para atender às prioridades deles, sobretudo
através da dívida pública. Fecha-se, assim, o círculo de ferro que ataca a
soberania das nações e a vontade do povo nas urnas. De um lado há o derrame de
dinheiro privado, tanto lícito quanto criminoso, nas campanhas eleitorais e na
sustentação permanente de diversos partidos políticos registrados no TSE. Basta
conferir no site do Tribunal. Do outro há a pressão intensa daqueles que, ainda
que derrotados nas urnas, teimam em ditar os rumos da macroeconomia, com seus editorais
na mídia, repetidos comentários de jornalistas atrelados aos interesses do
mercado, publicações de federações e confederações empresariais, enfim, um
arsenal de pressão e chantagem que tenta, a todo custo, reverter o resultado
das urnas e a vontade do povo, impondo o desejo dos mercados. A história já
provou que a democracia só é tolerada pelos donos do poder quando produz
resultados de seu interesse. Quando, porém, a maioria do eleitorado se convence
e apoia determinadas propostas votando em candidatos, alianças ou programas que
caminham por novos rumos, logo se associam grupos políticos, empresariais com
intenso noticiário, ataques políticos e empresariais, os novos caminhos a serem
trilhados. A democracia foi violentada repetidas vezes nos últimos anos por um
grupo esquerdista e irresponsável sob o domínio de Lula se esquematizou que
buscou o voto através dos resultados de eleições que manipulou os votos de
pessoas de carência em sua maioria pouco antes do voto e sempre fazia questão
de “publicar” e ironizar os cidadãos de independência numa alusão própria de
quem é canalha o fator de sua origem. A independência do eleitor foi
assassinada pelo poder econômico nas campanhas, com a conivência, muitas vezes,
de muitos, de milhões dos próprios eleitores. Não há esperança de combate às
desigualdades dessa forma, dizer para os pobres que o confia cegamente em vez
de elevar a qualidade social de vida, trabalho e renda do povo e devolver aos
ricos que são seus promotores com a desacerbado produto do erário, um roubo qualificado
fomentando o capitalismo dos bancos, com empréstimos modestos, o bolsa família,
que ele apelidou no ato de seu governo como sendo o céu para os mais
necessitados. Enfim despertar as consciências do cidadão é penosa, com a
rejeição de intelectuais, políticos do PT e agremiações satélites e
políticos corruptos em evidência que “pousaram-se no poder, que mudam de conveniências
conforme seus interesses a exemplo aqui no Ceará”. Em síntese o país precisa
empreender mudanças morais alijando estes corruptos para o bem-estar do Brasil.
Se não abdicar velhos conceitos para uma gana de “vermes” que comandam o país, e
ou, esta perspectiva se sucumbirá junto com a nação.
Antônio Scarcela Jorge.
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