sexta-feira, 13 de abril de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

RAPTO DA DEMOCRACIA

Nobres:

É a implícita realidade em nosso País que após sete eleições presidenciais desde 1989, o que vimos no país foi o crescimento da influência do poder econômico na sustentação dos partidos políticos em anos não eleitorais e sua presença mais do que abusiva a cada dois anos nas campanhas majoritárias e proporcionais. As obras para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos não escaparam desse mecanismo público-privado. Haja corrupção. Ao lado disso, com a globalização financeira e a livre circulação de capitais, a autonomia dos estados nacionais para decidir o investimento em políticas sociais, da produção industrial e a busca do pleno emprego com distribuição de renda, segundo estratégias de um projeto autônomo de desenvolvimento, parece estar com os dias contados. Ou os estados nacionais atendem aos seus interesses de acumulação ou de nada valerá a vontade dos eleitores e os compromissos de campanha anunciados por alguns dos eleitos ao governo das nações periféricas. Isso significa se deixar monitorar pelo FMI, por agências de rating, pelo mercado financeiro, que determinam quais devem ser as políticas monetária, tributária, fiscal e cambial e de que forma as finanças públicas devem ser conduzidas para atender às prioridades deles, sobretudo através da dívida pública. Fecha-se, assim, o círculo de ferro que ataca a soberania das nações e a vontade do povo nas urnas. De um lado há o derrame de dinheiro privado, tanto lícito quanto criminoso, nas campanhas eleitorais e na sustentação permanente de diversos partidos políticos registrados no TSE. Basta conferir no site do Tribunal. Do outro há a pressão intensa daqueles que, ainda que derrotados nas urnas, teimam em ditar os rumos da macroeconomia, com seus editorais na mídia, repetidos comentários de jornalistas atrelados aos interesses do mercado, publicações de federações e confederações empresariais, enfim, um arsenal de pressão e chantagem que tenta, a todo custo, reverter o resultado das urnas e a vontade do povo, impondo o desejo dos mercados. A história já provou que a democracia só é tolerada pelos donos do poder quando produz resultados de seu interesse. Quando, porém, a maioria do eleitorado se convence e apoia determinadas propostas votando em candidatos, alianças ou programas que caminham por novos rumos, logo se associam grupos políticos, empresariais com intenso noticiário, ataques políticos e empresariais, os novos caminhos a serem trilhados. A democracia foi violentada repetidas vezes nos últimos anos por um grupo esquerdista e irresponsável sob o domínio de Lula se esquematizou que buscou o voto através dos resultados de eleições que manipulou os votos de pessoas de carência em sua maioria pouco antes do voto e sempre fazia questão de “publicar” e ironizar os cidadãos de independência numa alusão própria de quem é canalha o fator de sua origem. A independência do eleitor foi assassinada pelo poder econômico nas campanhas, com a conivência, muitas vezes, de muitos, de milhões dos próprios eleitores. Não há esperança de combate às desigualdades dessa forma, dizer para os pobres que o confia cegamente em vez de elevar a qualidade social de vida, trabalho e renda do povo e devolver aos ricos que são seus promotores com a desacerbado produto do erário, um roubo qualificado fomentando o capitalismo dos bancos, com empréstimos modestos, o bolsa família, que ele apelidou no ato de seu governo como sendo o céu para os mais necessitados. Enfim despertar as consciências do cidadão é penosa, com a rejeição de intelectuais, políticos do PT e agremiações satélites e políticos corruptos em evidência que “pousaram-se no poder, que mudam de conveniências conforme seus interesses a exemplo aqui no Ceará”. Em síntese o país precisa empreender mudanças morais alijando estes corruptos para o bem-estar do Brasil. Se não abdicar velhos conceitos para uma gana de “vermes” que comandam o país, e ou, esta perspectiva se sucumbirá junto com a nação.
Antônio Scarcela Jorge.

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