COMENTÁRIO
Scarcela JorgeRETENTIVA MORAL
Nobres:
Estamos
vivenciando a “redemocratização” após um longo período do regime militar (21
anos) neste conceito a história nacional segue seu caminho republicano, democrático.
Agora neste ano qual é o resultado? Os fatos atuais dizem tudo. A frustação é
enorme. Há uma unanimidade, não “burra”, de que a corrupção se tornou o grande
mal. Ela se alastrou no establishment brasileiro como águas do dilúvio.
Consequentemente, considerando os desvios de foco, e as muitas incompetências,
o futuro do país é de incertezas. Por ela, direta ou indiretamente, um
aviltante passivo político foi construído nas últimas três décadas,
intensificado na última. Dois impeachments: - Collor e Dilma-; um ex-presidente
condenado, e preso, Lula; o presidente em exercício sendo investigado, Temer;
vários políticos cassados, alguns presos e outros na fila de espera. Nesta, a
maioria dos listados estão protegido pelo contestado foro privilegiado, um desafio
a ser superado em breve. Como a esperança nunca morre, o Ministério Público, por
meio da Operação Lava-Jato (quatro anos), tem feito um pertinaz combate aos
ilícitos evidenciados. Vultosos valores desviados já foram restituídos aos
cofres públicos. Vários dos responsáveis pelos malfeitos estão condenados,
entre empresários e figuras de diversas bandeiras políticas, da direita à
esquerda, porque ninguém está acima da lei. A substância moral é a melhor
herança que a geração de 68 poderia deixar para um país cada vez mais governado
pela falta da lembrança e pela ausência de ética. 1968, 1988, 2018; meio século
transcorreu. A crise ainda não terminou. Amanhã vai ser outro dia. Mas, quando
outubro chegar, o povo, com memória, através do voto terá a oportunidade de
fazer uma renovação geral no atual quadro político, vital ao aprimoramento e
consolidação da nossa democracia. Desta forma, esperamos.
Antônio Scarcela Jorge.
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