segunda-feira, 12 de março de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2017

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
REFORMA DA PREVIDÊNCIA DEIXOU DE SER PRIORIDADE PARA O GOVERNO

Nobres:
Não obstante de ter saído da pauta legislativa para este ano, a necessidade de reforma da Previdência permanece e parece entrar em consenso entre as diversas forças políticas, incluindo-se aí economistas da (pseudo) esquerda defensora dos privilégios da classe média alta. Ou seja, os líderes daqueles segmentos que se julgam de esquerda, mas que insistem em defender veementemente a concentração de renda e os privilégios de poucos que tomaram de assalto o estado para se beneficiar de suas políticas, agora parecem começar a concordar que a reforma da Previdência é necessária. Recentemente, Nelson Barbosa, economista de confiança de Dilma Rousseff e que a ajudou a quase destruir o Brasil, em entrevista reconheceu que a reforma da Previdência é necessária. Mas argumenta que ela deve contribuir para a justiça social e será necessário elevar a contribuição para a Previdência com o fim de equilibrá-la. Obviamente a ideia de justiça social dominante para ele e a sua senhora, além de setores retrógrados do PT, é distribuir renda em favor da classe média alta que vive pendurada no estado, como foi a tônica do governo dela. Mas a própria ideia de que uma reforma é necessária já é um passo importante. O Brasil já é um dos países que mais gasta com Previdência no mundo. Além desse fato, existem vários estudos acadêmicos que mostram que a Previdência Social no Brasil concentra renda, especialmente o Regime Próprio de Previdência Social, que é responsável pelas aposentadorias do setor público. Isso significa que não cortar os privilégios consolidados nas aposentadorias do alto escalão dos funcionários públicos é defender a concentração de renda no país. Nesse contexto, defender aumento da arrecadação para reduzir o déficit ao invés de controlar esses gastos excessivos, é uma proposta de manter a concentração de renda no país, algo que pode ser considerado como uma proposta de ultradireita, pois sua consequência é concentrar renda em mãos de uma minoria privilegiada. Isso não quer dizer, contudo, que não haja categorias de trabalhadores que não possam ter suas contribuições elevadas, como aqueles que atuam como pessoas jurídicas ou empregados em micro e pequenas empresas. Essa maior equidade das contribuições das diversas categorias de trabalhadores poderia estancar algumas perdas previdenciárias, além de equilibrar melhor os preços relativos de bens e serviços e, com isso, tornar o sistema de preços mais eficientes na alocação de recursos em nossa economia. Obviamente, a elevação da contribuição rural é a mais importante mudança a se introduzir, pois isso inclusive tornaria nossas exportações de produtos industrializados mais competitivas internacionalmente. Esses aumentos, contudo, vão cobrir pouco do rombo da Previdência. A redução das super- aposentadorias e a redução de aposentadorias precoces são os caminhos necessários e mais eficazes. A nossa classe média que vive pendurada no setor público tem que aprender que trabalhar não faz mal não. Ao contrário, faz até bem para a saúde mental. Os preguiçosos é mais que protestam com a revisão da previdência, entre eles a nação lulista composta por pelegos sindicalistas.
Antônio Scarcela Jorge.

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