COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
GÊMEOS REGRADOS
Nobres:
É equívoco imaginar que uma
sociedade só deva cobrar cumprimento de regras éticas dos que atuam no setor
público. Mas, quando alguém do setor privado se relaciona com a esfera pública
e que mesmo na esfera privada é preciso compreender o alcance social que
algumas organizações podem vir a ter, como no caso supramencionado. Corrupto
(aquele que subordina dando dinheiro ou presentes em troca de benefícios para
si ou para outrem) também é o funcionário ou dirigente de entidade privada que
rompe com os deveres de probidade, lealdade e confiança nas relações negociais.
Porque isso viola e afeta o interesse social. É bem verdade que a legislação
brasileira já tutela o dever de probidade nos negócios em âmbito civil Caso
contrário, estaríamos a admitir que a honestidade seja valor social tão somente
no ambiente público e que não devemos pensar que a corrupção só existe na
praça, nunca no jardim, fazendo uso de metáfora. Precisamos ser os construtores
responsáveis de uma sociedade justa, transparente e democrática. Defendê-la e
punir os que a queiram destruir. A ética obriga a produção da inteligência
coletiva. O viver ético exige adesão a uma tábua de valores que garantam um
presente e um futuro melhores. A nossa felicidade pode ser alcançada pelas
normas do bem comum e da justiça social.
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