COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
FRAGMENTA-
ÇÃO DE CANDIDATOS
ÇÃO DE CANDIDATOS
Nobres:
Neste país da
excelência contraditória e como se fosse um imagem, a corrida pela Presidência
da República mostra, neste momento, um quadro de desunião. O chamado “centro”
tornou-se uma espécie e todos consideram que quem alcançá-lo terá alcançado a
salvação ou, no caso, a faixa presidencial. Ao contrário das eleições
anteriores, quando se ajuntaram em um palanque só, dessa vez as legendas que
orbitam neste espectro articulam-se para lançar candidaturas próprias, aí incluída
a troca de farpas. Por exemplo, o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo
Maia (DEM), que cultiva esperanças de ser candidato, propôs uma candidatura
alternativa do centro e colocou um molho extra na proposição: disse que o atual
nome do PSDB, Geraldo Alckmin, não tem chances de ganhar. “ Se não
construirmos uma nova candidatura no campo do centro, vamos entregar a eleição
para o PT, para Marina (Silva) ou para o Ciro (Gomes)”, afirmou ele.
Há uma série de nomes que gostariam de encarnar o papel dessa “nova candidatura” como o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que já anunciou que tomará a decisão até abril. Meirelles defende uma candidatura de centro com uma variante: a de ser um “defensor do legado das reformas” empreendidas no governo Michel Temer.
Enquanto isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na semana passada que “quem for o candidato do mercado vai perder” e não se sabe até agora se ele mirou em alguém ou se apenas fez uma avaliação do cenário político nacional. Do outro lado, declarações de Lula da Silva esta semana também repercutiram. Lula disse que, “pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT”. A frase ganhar mais amplitude se substituirmos “direita” por “centro” e “esquerda” por “centro-esquerda”. Ao pronunciá-la, o ex-presidente petista reagia a críticas do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) ao PT. Em resposta, Ciro disse que “Lula parece não estar percebendo corretamente o que está acontecendo no país”. Pode ser que tudo isso seja espuma de pré-campanha, quando cada força busca fortalecer-se para chegar valorizada à mesa de negociações. Mas pode ser também, o que é mais provável, que diante do vácuo de lideranças e do abalo da polarização que marcou as últimas eleições (entre PT e PSDB), as diversas legendas estejam dispostas a montar seu próprio palanque, visando ocupar espaços e aumentar seu eleitorado. Nesse caso, caminhamos para a eleição mais fragmentada desde 1989, quando tivemos 22 candidatos à presidente. É uma inovação e renovação com velhas caras e como vai reagir o eleitor.
Há uma série de nomes que gostariam de encarnar o papel dessa “nova candidatura” como o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que já anunciou que tomará a decisão até abril. Meirelles defende uma candidatura de centro com uma variante: a de ser um “defensor do legado das reformas” empreendidas no governo Michel Temer.
Enquanto isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na semana passada que “quem for o candidato do mercado vai perder” e não se sabe até agora se ele mirou em alguém ou se apenas fez uma avaliação do cenário político nacional. Do outro lado, declarações de Lula da Silva esta semana também repercutiram. Lula disse que, “pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT”. A frase ganhar mais amplitude se substituirmos “direita” por “centro” e “esquerda” por “centro-esquerda”. Ao pronunciá-la, o ex-presidente petista reagia a críticas do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) ao PT. Em resposta, Ciro disse que “Lula parece não estar percebendo corretamente o que está acontecendo no país”. Pode ser que tudo isso seja espuma de pré-campanha, quando cada força busca fortalecer-se para chegar valorizada à mesa de negociações. Mas pode ser também, o que é mais provável, que diante do vácuo de lideranças e do abalo da polarização que marcou as últimas eleições (entre PT e PSDB), as diversas legendas estejam dispostas a montar seu próprio palanque, visando ocupar espaços e aumentar seu eleitorado. Nesse caso, caminhamos para a eleição mais fragmentada desde 1989, quando tivemos 22 candidatos à presidente. É uma inovação e renovação com velhas caras e como vai reagir o eleitor.
Antônio Scarcela
Jorge.
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