COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
ABERRAÇÃO PADRONIZADA
Nobres:
Estamos num
país, onde privilégio individual é ético como defende um magistrado em segundo
grau como não poderia deixar de ser é do nordeste onde a ladroagem e a
corrupção pauta pela normalidade. Reportamos-nos do “auxílio-moradia” para os
servidores públicos e magistrados, entretanto o outro Brasil realmente ético refaz
este conceito. - Por que o nordeste meus Deus! - É safadeza mesmo de um
desembargador que defende esses privilégios demonstrando que esses são
“auxílios da necessidade da pobreza de caráter desses que infelizmente tem o
poder de julgo, repetimos, infelizmente. Vamos mais além existem raízes
corruptas e corporativistas em alguns tribunais e até no STF conforme toda
sociedade desconhece. O corporativismo dá privilégio também a “condenados” que
numa interação incomum em qualquer país, mas aqui, é alvo de determinação
destes marginais para instar nas suas “condenações” Há Brasil! Dentro deste
contexto que se alude os servidores públicos, do judiciário não, merecem ter
essa vantagem pecuniária. Num país que voltou a ser o campeão mundial de
desigualdade, onde apenas cinco cidadãos têm riqueza equivalente à de cinqüenta
por cento da população, existe espaço para tal “contradição”, isto é, ter
imóvel residencial e ainda receber uma ajuda moradia numa nação tão carente de
bons exemplos tal “direito” não seria um desserviço à tão desejada consolidação
dos valores republicanos. Ético é marco teórico e filosófico (que pode ser
agrupado como um conjunto de conceitos, princípios ou ideologia) relacionados
com a existência e a experiência humana, que se tornam hegemônicos em
determinado momento histórico, podendo expressar tanto uma “consciência”
coletiva e amadurecida de uma determinada comunidade quanto representar apenas
visões, valores e interesses de indivíduos, grupos, classes ou países
dominantes (podendo, até mesmo, serem impostos). Esta Ética vai então definir, justificar
e valorar (do ponto de vista do bem e do mal, do certo e do errado, apropriado
e inapropriado) uma prática e conduta, que incluem direitos e deveres. Por sua
vez, estas, quando também se tornam hegemônicas, passam a ser conhecidas, em
seu conjunto, como Moral (que pode ser expressa em leis, códigos,
constituições, etc.) que, dialeticamente, pode muitas vezes influenciar a
construção de uma nova Ética, pois ambas sempre interagem e se retroalimentam.
Em outras palavras: apesar, do ponto de vista vernacular, de Ética e Moral ser
a mesma, a primeira seria “a teoria” hegemônica e a segunda “a prática”
hegemônica, sendo que ambas sempre mudaram ao longo dos tempos, nos diferentes
grupos populacionais à nossa caminhada existencial, individual e coletiva. Defendo
também que deveríamos tentar construir uma Ética e Moral Universal, através de
uma reflexão coletiva, com respeitoso diálogo intercultural, onde o Bem-Comum
seria o maior de todos os valores e a Justiça, a serviço do Bem-Comum, a maior
de todas as virtudes. A valorização, respeito e responsabilidade A visão dessa
Excelência deve ser considerada apenas como a expressão de valores e princípios
pessoais e nunca como uma ética. Além disso, no entendimento coletivo e
hegemônico da comunidade brasileira, isto é, na Ética expressada na nossa
Constituição e leis, portanto na moral nacional pactuada e escrita, o seu abono
salarial (e muitos outros privilégios nos diferentes poderes da República) pode
até ser “burocraticamente” legal, mas é ilegítimo e antiético.
Antônio Scarcela Jorge.
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