COMENTÁRIO
Scarcela JorgeCALAMIDADE NA POLÍTICA.
Nobres:
O que pode esperar do nosso Brasil onde a cambada de corruptos é um
imperativo dominante da política brasileira que deveria ter vergonha na cara,
ou nunca tiveram mesmo vergonha e se posicionam como delinqüentes de toda
espécie. Das inúmeras razões concernentes a lista de deputados, senadores,
governadores, ex-presidentes, ministros, prefeitos que passam, agora, à
condição de investigados pela Operação Lava-Jato, com base em delação de
ex-dirigentes e ex-diretores da Odebrecht. A relação divulgada na tarde de
terça-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator do
maior escândalo de corrupção de todos os tempos, indica que a crise política se
arrastará por muito tempo. Ontem, mesmo sem citar o episódio, o presidente
Michel Temer chamou a atenção para a responsabilidade de cada um dos Poderes,
com destaque para o Executivo e o Legislativo. Em virtude das ladroagens promovidas por essas raposas nojentas ficamos
num contradição, infelizmente o país não pode paralisar. Mesmo sendo o Brasil
tradicionalmente formatado desde seu descobrimento em busca mentirosa do
caminho das índias até o corrupto maior da história do país, o indefectível
Lula, teremos que absorver o País desta causa e uma das razões da tramitação no
Congresso Nacional, estão reformas, como a da Previdência e a trabalhista, e
outros projetos entendidos como essenciais ao reequilíbrio fiscal, sem os quais
o Brasil seguirá patinando na profunda recessão econômica em que se encontra. A
crise, que se arrasta desde 2014, acumula prejuízos incalculáveis, entre eles o
desemprego de 13,5 milhões de pessoas, a retração nos investimentos por
empresários nacionais e estrangeiros e outros danos em todos os setores sob
responsabilidade do Estado. As denúncias que afetam as autoridades têm que ser colocadas na conta dos
problemas pessoais de cada um dos envolvidos. Aqueles que não se sentem capazes
de compatibilizar a elaboração da própria defesa com o cumprimento de suas
funções devem se afastar do cargo que exercem. Inconcebível é negligenciar seus
deveres em razão dos erros pelos quais são investigados. No Executivo, as
regras de tratamento aos citados foram definidas pelo presidente em fevereiro
deste ano: ministro denunciado será afastado provisoriamente e, se transformado
em réu, será demitido. Embora arranhe a imagem do país, a Lava-Jato tem a
virtude de romper com esquemas nocivos às estruturas do Estado. Há muito, o
Brasil precisava quebrar um círculo vicioso (dominado pela corrupção e por
atores que se locupletam) de desvios do dinheiro público para nutrir
oligarquias, proteger apadrinhados e garantir enriquecimento pessoal. Nos
últimos três anos de investigações das forças-tarefa em curso, máscaras caíram
e a sociedade passou a ter clareza das razões da falência dos serviços
públicos. Infelizmente compete ao Congresso dar continuidade à apreciação e
votação de projetos necessários à saída do país da profunda crise em que está
mergulhado. O momento não permite procrastinações e negociatas embora sejamos
incrédulos. É hora de os Poderes dar-se as mãos e conjugar esforços na mesma
direção. É o único “jeitinho” que se tem em busca da naturalidade.
Antônio Scarcela Jorge.
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