quarta-feira, 16 de março de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

Á BORLISTA POLÍTICA.

Nobres:
Com esta cambada de políticos é péssima excelência ao despertar as (más) intenções de promover uma reforma política, pura embromação da maioria corrupta que habita no poder e interage com o executivo, inventaram coisas que alimentavam o processo de revisão constitucional, entre as quais: Redução da maioridade penal em que a infecta Presidente Dilma Rousseff foi radicalmente contra e nem quis discutir as causas para e defesa dos “bichins” marginais que gera cotidianamente a violência em todos os quadrantes do país. Para o menor infrator de 18 anos “matar e roubar, principalmente, é automatizado em infração penal e nos outros países mais bem civilizados é bem visível os efeitos positivos. Ainda no país onde a impunidade e a libertinagem são retóricas, dimensiona outros arranjos de acordo com o “jeitinho corrupto brasileiro, torna transcendental a forma da legislação eleitoral entre se impera no termo de resoluções que se aplica conforme fatores e conveniências. Neste contexto em referência, o sistema eleitoral de lista aberta, então vigente no Brasil, (também esmolambado e lastimável para o viciado momento) proporciona a prática de alguns cálculos estratégicos (às vezes oportunistas) por parte de determinadas legendas partidárias, e mais do que estas, pelos políticos em si. O partido possui uma quota de cadeiras a serem preenchidos com base na votação alcançada pela legenda e, como os votos são nominais, o eleitor pode, além de votar no partido, votar diretamente no candidato de preferência. Fato que normalmente acontece, seguindo uma literatura em que o arranjo político-eleitoral favorece um comportamento personalista na relação candidato/eleitor, ou seja, o eleitor votaria mais no candidato do que no partido. O partido político, especialmente legendas de pequeno porte, lança candidaturas com personalidades supostamente famosas para, desta forma, elevar o quociente de votos dentro desta legenda. Temos exemplos? O caso do deputado federal Tiririca (PR-SP) cearense e palhaço profissional, que o único mérito é comparecer todas as sessões plenárias da Câmara, porém fica ver no “mundo da lua” e sem entender coisa nenhuma, (o nosso Ceará é assim mesmo e precisava ter existência). Vale ressaltar que são raros os eleitos que conseguem se eleger apenas pelos seus respectivos votos nominais. A maioria se elege por conta dos votos de que dispõe a legenda em sua quantia específica de cadeiras, baseada na votação geral. Como funciona? Considerando que, uma vez sobrando votos de um determinado candidato que atingiu o quociente, estes se direcionam para o próximo candidato, por ordem de votação nominal alcançada dentro da mesma legenda. Partidos que lançam essa estratégia o fazem visando aumentar a sua cifra de votos, dessa forma elegendo “na carona” demais candidatos. Na política partidária nem sempre tudo o que se vê pode ser interpretado diretamente como uma realidade clara e objetiva. Desconsiderando que os suplentes nem sempre são visíveis; que a migração partidária é fato; que os candidatos eleitos muitas vezes assumem postos no Executivo, ainda existe este fator: muitas vezes o cidadão vota nominalmente dentro do partido de sua preferência e acaba por contribuir para a eleição de um candidato com o qual não simpatiza ou mesmo desconhece. Essa estratégia tem ganhado espaço no cenário político e, além de refletir o oportunismo de algumas pessoas e legendas, está nitidamente contribuindo para uma maior apatia por parte do cidadão para com as instituições políticas. Entra aqui uma forma de votar pouco debatida: o voto de protesto. Não apenas votando em branco, mas votando em candidatos que usam slogans que nada mais são do que um deboche para com as instituições e com o próprio cidadão de bem. É altamente nociva a sedutora tentação de nos deixarmos guiar, na hora de votar, por ingênuas atrações meramente esportivas, artísticas ou físicas, sem considerar que, além de eleger candidatos alheios aos reais interesses da sociedade, acaba-se por eleger outros personagens quase ocultos neste brilho personalista que ofusca o cidadão. A experiência tem demonstrado que normalmente este mesmo brilho logo se apaga uma vez eleito, e é na escuridão que as verdadeiras raposas, já experientes no território de caça, agem. No momento em que determinados partidos lançam candidatos que se apresentam como “jogadores... no plenário” ou “humoristas... no Congresso Nacional” a população, observando essa estratégia, deve direcionar seu voto para candidatos ou partidos verdadeiramente comprometidos com a sociedade. Partidos que lançam candidaturas personalistas acreditando ser o povo brasileiro alheio à importância primordial da política devem receber, e na mesma dura realidade das urnas, a resposta do cidadão, sendo de maior vergonha nacional.
Antônio Scarcela Jorge.

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