COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
SURGE
UM NOVO CONCEITO
Nobres:
No atual contexto político é
evidente que por este lado desta banda do nordeste divido pela astúcia enganosa
do lulismo entre os espertos, bandidos ignorantes, analfabetos e marginais que
só enxergam por um lado estamos excetuando esta gente para discorrer o que
escrevemos para uma sociedade útil e responsável com seus direitos e deveres. Neste
contexto iremos ao encontro no ano de 2013, o Brasil explodiu numa série de
manifestações espontâneas, apartidárias, suprapartidárias e antipartidárias,
num protesto pela renovação da política, pela ética na vida pública, que até
hoje confunde os analistas. Esses protestos só arrefeceram diante da intromissão
(proposital?) de uns “black blocs” (infiltrados?), que, promovendo saques,
depredações, badernas e outros vandalismos, não só contaminaram a
natureza daquelas manifestações como sobretudo afastaram a grande massa que
queria protestar, mas em ordem e em paz. Seja por isso, seja pela incapacidade
dos políticos, que não entenderam aquela hora e não procederam a renovação
alguma, o fato é que a voz das ruas de 2013 não se refletiu nas eleições de
2014. Terá tido uma primeira expressão, admirável, inédita, no heroísmo dos
juízes da Lava-Jato. E pode ser que também se esteja expressando agora. Senão,
vejamos:
1.
Dos 33 senadores que tentaram se
reeleger, 25 foram derrotados, inclusive nomes dos mais conhecidos e
influentes. Isso significa importante renovação no Senado.
2.
Consagradas lideranças perderam o
foro privilegiado e passarão a poder ser processadas na 1ª instância, não mais
contando com a lentidão e a inaptidão do Supremo para a instrução processual.
Perspectivas, portanto, de afastamento da vida pública, por condenação
criminal, de notórias e lamentáveis personagens.
3.
Fim de carreira para surradas
figuras da política nacional. É de esperar que jamais voltemos a ouvir falar,
ao menos em disputas presidenciais, de nomes manjados como Geraldo Alckmin,
Ciro Gomes, Marina Silva, Aécio Neves, Dilma Roussef. Doravante os nomes serão
outros, novas lideranças de um lado e do outro.
4.
Importantes derrotas também de
outros nomes que, mesmo querendo ingressar na política agora, parecem muito
ligados à velha política, um Paulo Skaff em São Paulo, ou um Henrique
Meirelles, que o Brasil felizmente resolveu não “chamar” para nada e que, com
seus 45 milhões de reais, perdeu para o cabo Daciolo!
5.
Impressionante enfraquecimento
dos partidos que viviam dominando a cena brasileira: PSDB, PT, PMDB, cujas
lideranças tradicionais foram refugadas pelo eleitor. Ou se renovam ou podem
tender a desaparecer.
6.
Surpreendente, por outro lado, o
desempenho de nomes desconhecidos, ou muito pouco conhecidos, como Wilson
Witzel, no Rio, Romeu Zema em Minas, Márcio França em São Paulo. Arejamento da
política. Lideranças novas, pensamentos novos, até um novo partido, o Novo.
Por mais que os velhos políticos,
da imunda e viciada política habitual, tenham feito tudo para se manter no
poder, não somente se dando fartos recursos públicos mas também diminuindo
substancialmente o tempo da campanha eleitoral, para facilitar a reeleição dos
próprios nomes, já muito conhecidos. A evidência é que o eleitor quer mudar,
quer outra gente, outro Brasil, outra prática. Léguas distante da corrupção,
das trocas, dos cambalachos, do toma-lá-dá-cá, dos donos ou sócios da coisa
pública. Pode ser que, afinal, 2013 esteja começando a dar seus frutos. E começou
bem!
Antônio Scarcela Jorge.
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