COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
A MENSAGEM DAS URNAS
Nobres:
As eleições de domingo provocaram
a maior renovação Congresso Nacional, desde a redemocratização do país. Um fato
histórico a ser comemorado. No Senado, o índice chegou a 85%. Das 54 cadeiras
em disputa, só oito será ocupada por reeleitos. O restante 46 está reservado
para novos senadores. Na Câmara, as mudanças chegaram a 47,37%, a maior
renovação em duas décadas. A partir de janeiro próximo, a casa receberá 243
deputados novos. Em meio aos 444 que concorreram à reeleição, 251 (56%) tiveram
o retorno chancelado pelos eleitores, além de 19 ex-deputados de legislaturas
passadas. O Partido Social Liberal (PSL), antes, tinha apenas oito deputados.
Com o crescimento de seu candidato Jair Bolsonaro, que conquistou 46% dos votos
válidos no primeiro turno da disputa pela Presidência da República, a legenda
terá 52 deputados, em 2019, formando a segunda bancada, atrás só do PT, que
garantiu 56 cadeiras, 12 a menos do que na eleição de 2014. No atual pleito, os
brasileiros disseram “não” aos velhos caciques da política, romperam com as
tradicionais oligarquias, em que os pais tornavam os filhos herdeiros do
mandato. Foi assim com a icônica família Sarney. No Maranhão, o ex-presidente
não conseguiu eleger a filha para o governo do estado nem o deputado Sarney
para uma vaga no Senado. Os votantes maranhenses não renovaram o mandato do
senador Edison Lobão, que iniciou carreira como parlamentar no fim dos anos
1970. Igual decisão tomaram os eleitores de Roraima, que deixaram sem mandato o
senador Romero Jucá. O PSDB minguou e terá menos cadeiras na Câmara no ano que vem
23 a menos do que conquistou em 2014. O MDB chegará, ao ano que vem, com 34
deputados. Em 2014, o partido de Michel Temer elegeu 66 representantes. A
Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva, cuja candidatura ao Planalto
derreteu ao longo da campanha, conseguiu eleger um deputado (no Senado, terá
cinco representantes). O perfil do Congresso se mantém conservador e, como
sempre terá figuras sem qualquer preparo para o cargo. Mas o brasileiro
sinalizou, por meio do voto, que reprova a prática legislativa atual. Exige que
tanto o Legislativo quanto o Executivo modifiquem a forma de fazer política e
tenham olhar e propostas que atendam às principais demandas da sociedade, a
começar por um “basta” à corrupção. Ressalte-se que a Lava-Jato foi
preponderante para essa guinada eleitoral. A rejeição aos velhos caciques pode
ser entendida também como um recado dos eleitores, que querem mais segurança,
saúde e educação de qualidade. Mais: avisaram que, caso suas demandas não sejam
atendidas, em 2022, não terão dificuldade de, mais uma vez, substituir os que
foram vitoriosos no domingo último. O Congresso tem que legislar a favor do
povo, não para poucos privilegiados como aconteceu até então.
P I N C E L A D A S
Enquanto o resultado das urnas de
domingo enterrou de vez Ciro Gomes do cenário político nacional. Aqui na região
os lulistas “o velam” dizendo que Ciro irá decidir as eleições em seu 2º Turno!
– Ainda não perceberam que o Ceará não é o centro do universo e não tem
densidade eleitoral para qual. A mentalidade doentia e também exerce o misto de
oportunismo e cinismo, e até um mérito que ainda expõe em público. Depois são
governistas de primeira linha com aconteceu em regra. Mas a “experiência”
conforme a evolução cotidiana não dará certo. a velha premissa em enganar o povo, parece que as velhas raposas "tupiniquim" o povo está em frente, é, que está enganando. Vamos esperar, tem poucos dias; E aí!
Antônio Scarcela Jorge.
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