COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
NADA MUDA
Nobres:
É notório que no decorrer dos anos tudo se dar pela permanência e tudo é imutável no que se trata em cada ano eleitoral é o que discorremos no tempo de renovação das prefeituras. Tudo é o mundo de fantasias, mesmo em crises imorais e politiqueiras à pandemia, tudo é decreto: se informalizou o final das crises, estamos vivenciando as maravilhas. A cada quatro anos, os moradores assistem a um desfilar de promessas de que a cidade vai se tornar uma maravilha. Alguns acreditam apenas porque querem. Que o brasileiro tem por profissão a esperança! - Mesmo podendo ver o histórico de candidatos e partidos que escolhem-. Desde a redemocratização, elegemos prefeitos de todas as cores e de comum, o que têm produzido é a perpetuação da má qualidade dos serviços públicos. Aí o morador da periferia pergunta-se: o que adiantou votar por aquele que prometia “um olhar diferenciado para os mais necessitados?” Os programas dos candidatos às vezes são bonitos. Escasseiam, contudo, quando instados a responder sobre os meios para executá-los. Aí quase sempre tergiversam. No real uma cidade se faz dos sonhos dos homens e das mulheres e a partir das suas vocações e do engajamento de seus cidadãos. Ocorre que o engajamento ativo só acontece quando o cidadão se percebe bem tratado pelo poder público. E quando os bens públicos estão sendo bem cuidados. Por isso, a percepção sobre quem (e quais partidos) mais estaria apto para administrá-los deveria ser fator relevante. Em cada cidade brasileira sempre foi aparentemente acostumada ao mais do mesmo. Compartilha exageradamente a paisagem urbana, o barulho dos paredões e dos motores envenenados de motos a impedir o sossego, o sono e o estudo, as calçadas hostis aos pedestres, à insegurança, a sujeira nas ruas, a volta das palafitas até os engarrafamentos intermináveis, a poluição visual dos fios em postes que viraram almoxarifados, a indústria das multas das “câmeras-pegadinha” e a corrupção generalizada. Tudo isso desperta um estado de torpor da cidadania. Talvez de resignação ao voto conduzido pelas grandes máquinas partidárias. Com quase uma centena de candidatos a vereador ou “lideranças comunitárias” ávidas por um carguinho na futura administração e prontas a levar o eleitor à boca da urna. “Já que elas vão mesmo ganhar, porque têm recursos a distribuir, vou dar um jeito de tentar me arranjar”, é o raciocínio não confessado. Afinal a vida continua sem esgotamento sanitário, mas, incrivelmente o consumidor paga pelo roubo programado e não há disposição do ministério público e a justiça para corrigir aquilo que se constitui crime qualificado para esta questão. O pior de tudo para as esperanças de um futuro melhor para os filhos: a qualidade das escolas cada vez mais distante das escolas de maior estrutura. Esses partidos que se têm revezado no poder fracassaram por não terem ousado transformar de verdade as estruturas e as práticas e insistem em fazer a diferença para a vida e o futuro dos seus habitantes. Todos contribuíram para o inchaço perdulário da máquina, com excesso de cargos comissionados, de contratos terceirizados e gastos desnecessários que jamais uma empresa bem administrada cogitaria e eles também se igualaram no apetite por arrecadar e burocratizar a vida de quem aqui vive, trabalha e empreende.
Antônio Scarcela Jorge.
Scarcela Jorge
NADA MUDA
Nobres:
É notório que no decorrer dos anos tudo se dar pela permanência e tudo é imutável no que se trata em cada ano eleitoral é o que discorremos no tempo de renovação das prefeituras. Tudo é o mundo de fantasias, mesmo em crises imorais e politiqueiras à pandemia, tudo é decreto: se informalizou o final das crises, estamos vivenciando as maravilhas. A cada quatro anos, os moradores assistem a um desfilar de promessas de que a cidade vai se tornar uma maravilha. Alguns acreditam apenas porque querem. Que o brasileiro tem por profissão a esperança! - Mesmo podendo ver o histórico de candidatos e partidos que escolhem-. Desde a redemocratização, elegemos prefeitos de todas as cores e de comum, o que têm produzido é a perpetuação da má qualidade dos serviços públicos. Aí o morador da periferia pergunta-se: o que adiantou votar por aquele que prometia “um olhar diferenciado para os mais necessitados?” Os programas dos candidatos às vezes são bonitos. Escasseiam, contudo, quando instados a responder sobre os meios para executá-los. Aí quase sempre tergiversam. No real uma cidade se faz dos sonhos dos homens e das mulheres e a partir das suas vocações e do engajamento de seus cidadãos. Ocorre que o engajamento ativo só acontece quando o cidadão se percebe bem tratado pelo poder público. E quando os bens públicos estão sendo bem cuidados. Por isso, a percepção sobre quem (e quais partidos) mais estaria apto para administrá-los deveria ser fator relevante. Em cada cidade brasileira sempre foi aparentemente acostumada ao mais do mesmo. Compartilha exageradamente a paisagem urbana, o barulho dos paredões e dos motores envenenados de motos a impedir o sossego, o sono e o estudo, as calçadas hostis aos pedestres, à insegurança, a sujeira nas ruas, a volta das palafitas até os engarrafamentos intermináveis, a poluição visual dos fios em postes que viraram almoxarifados, a indústria das multas das “câmeras-pegadinha” e a corrupção generalizada. Tudo isso desperta um estado de torpor da cidadania. Talvez de resignação ao voto conduzido pelas grandes máquinas partidárias. Com quase uma centena de candidatos a vereador ou “lideranças comunitárias” ávidas por um carguinho na futura administração e prontas a levar o eleitor à boca da urna. “Já que elas vão mesmo ganhar, porque têm recursos a distribuir, vou dar um jeito de tentar me arranjar”, é o raciocínio não confessado. Afinal a vida continua sem esgotamento sanitário, mas, incrivelmente o consumidor paga pelo roubo programado e não há disposição do ministério público e a justiça para corrigir aquilo que se constitui crime qualificado para esta questão. O pior de tudo para as esperanças de um futuro melhor para os filhos: a qualidade das escolas cada vez mais distante das escolas de maior estrutura. Esses partidos que se têm revezado no poder fracassaram por não terem ousado transformar de verdade as estruturas e as práticas e insistem em fazer a diferença para a vida e o futuro dos seus habitantes. Todos contribuíram para o inchaço perdulário da máquina, com excesso de cargos comissionados, de contratos terceirizados e gastos desnecessários que jamais uma empresa bem administrada cogitaria e eles também se igualaram no apetite por arrecadar e burocratizar a vida de quem aqui vive, trabalha e empreende.
Antônio Scarcela Jorge.
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