COMENTÁRIO
SCARCELA
JORGE
COMPROMETIMENTO DE GESTÃO
Nobres:
Torna-se evidente onde a norma encontrada pelos seus
gestores é colocar servidores comissionados para fugir da Lei de
Responsabilidade Fiscal como equação e esperteza. O serviço público absorve em
média principalmente nos pequenos municípios se estimula a manutenção das
oligarquias caracterizada a sua solidificação. Enfim em termos adicionais
desencadeia o aumento do custo dos servidores para o Estado brasileiro se soma
ao custo do Estado para o cidadão, que paga uma alta carga tributária sem
receber de volta serviços e investimentos proporcionais às demandas do País. A
reforma administrativa em formulação com décadas de atraso vai levar em conta
esse custo, bem como as idiossincrasias dos burocratas, alguns dos quais não se
envergonham de agir como proprietários do espaço público, à imagem e semelhança
de políticos e servidores de elevado escalão que se esquecem da natureza
temporária dos postos que ocupam. O Brasil faz tempo que espera um choque de
gestão com dois objetivos essenciais: eliminar o desperdício de recursos com os
agentes do atraso e despertar no corpo funcional o espírito público focado nos
fins da prestação de serviços, não nos processos intermináveis que fazem o
nosso gigante estatal andar como um sonâmbulo. Os
números mostram que a quantidade de indivíduos pendurados na máquina estatal
aumentou em mais de 82%, passando de 6,2 milhões para 11,5 milhões de
servidores. No mesmo período, a população cresceu em 30%. Outro dado
interessante diz respeito aos valores salariais para funções similares no serviço
público e na iniciativa privada. No Brasil, o servidor público ganha, em média,
quase o dobro de um trabalhador que desempenhe a mesma atividade numa empresa. Complicado
é encontrar um brasileiro que aponte a melhoria da qualidade dos serviços
prestados pelo Estado, apesar do inchaço observado, e do bom pagamento pelo
trabalho realizado, entretanto os salários têm recebido aumentos além da
inflação, e os gastos relativos a esse item suplantam o que se gasta em outros
países latino-americanos. Não é por falta de funcionalismo que o serviço
público, aqui, em larga medida, peca em eficiência. Segundo as previsões poderá
até 2030, no horizonte de apenas uma
década, cerca de 40% dessa massa de servidores poderá se aposentar. É com tal
perspectiva que a reforma administrativa em preparo deve se preocupar. Além
disso, aperfeiçoar os mecanismos de gestão para inibir ataques ao erário, como
se viu justamente nos anos em que o Estado mais cresceu, com a corrupção se
aproveitando, sem cerimônia, dos aparelhamentos políticos que pouco tem
contribuído para o benefício da coletividade. Nos pequenos centros urbanos o
místico é latente sobre a estabilidade onde predomina a vontade dos servidores
públicos no tocante aos seus interesses onde os gestores permanecem com o
bolsão eleitoral.
Antônio Scarcela Jorge.
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