quinta-feira, 12 de março de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA 12 DE MARÇO DE 2020

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
COMPROMETIMENTO DE GESTÃO

Nobres:
Torna-se evidente onde a norma encontrada pelos seus gestores é colocar servidores comissionados para fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal como equação e esperteza. O serviço público absorve em média principalmente nos pequenos municípios se estimula a manutenção das oligarquias caracterizada a sua solidificação. Enfim em termos adicionais desencadeia o aumento do custo dos servidores para o Estado brasileiro se soma ao custo do Estado para o cidadão, que paga uma alta carga tributária sem receber de volta serviços e investimentos proporcionais às demandas do País. A reforma administrativa em formulação com décadas de atraso vai levar em conta esse custo, bem como as idiossincrasias dos burocratas, alguns dos quais não se envergonham de agir como proprietários do espaço público, à imagem e semelhança de políticos e servidores de elevado escalão que se esquecem da natureza temporária dos postos que ocupam. O Brasil faz tempo que espera um choque de gestão com dois objetivos essenciais: eliminar o desperdício de recursos com os agentes do atraso e despertar no corpo funcional o espírito público focado nos fins da prestação de serviços, não nos processos intermináveis que fazem o nosso gigante estatal andar como um sonâmbulo. Os números mostram que a quantidade de indivíduos pendurados na máquina estatal aumentou em mais de 82%, passando de 6,2 milhões para 11,5 milhões de servidores. No mesmo período, a população cresceu em 30%. Outro dado interessante diz respeito aos valores salariais para funções similares no serviço público e na iniciativa privada. No Brasil, o servidor público ganha, em média, quase o dobro de um trabalhador que desempenhe a mesma atividade numa empresa. Complicado é encontrar um brasileiro que aponte a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado, apesar do inchaço observado, e do bom pagamento pelo trabalho realizado, entretanto os salários têm recebido aumentos além da inflação, e os gastos relativos a esse item suplantam o que se gasta em outros países latino-americanos. Não é por falta de funcionalismo que o serviço público, aqui, em larga medida, peca em eficiência. Segundo as previsões poderá até 2030, no horizonte de apenas uma década, cerca de 40% dessa massa de servidores poderá se aposentar. É com tal perspectiva que a reforma administrativa em preparo deve se preocupar. Além disso, aperfeiçoar os mecanismos de gestão para inibir ataques ao erário, como se viu justamente nos anos em que o Estado mais cresceu, com a corrupção se aproveitando, sem cerimônia, dos aparelhamentos políticos que pouco tem contribuído para o benefício da coletividade. Nos pequenos centros urbanos o místico é latente sobre a estabilidade onde predomina a vontade dos servidores públicos no tocante aos seus interesses onde os gestores permanecem com o bolsão eleitoral.
Antônio Scarcela Jorge.

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