COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
TRAGÉDIAS
DESCUIDADAS
Nobres:
Desde o inicio do deste ano o
Brasil vem marcando por diversificadas tragédias que obviamente estarrece o
povo, dado a crida imprevisão em que ocorreram os fatos. Diante das várias
questões se resvala na engenharia, indubitavelmente constitui em uma ciência
exata, na qual o fator risco está invariavelmente presente e, portanto,
calculado. Nada explica a postura reativa e não preventiva com que enfrentamos
tais acontecimentos. Tanto no setor público quanto no privado, a engenharia vem
perdendo espaço para a política e para o Direito no protagonismo dos rumos do
desenvolvimento. Isso precisa ser revertido pela imposição da técnica, ponto.
Do contrário, não estancaremos as sucessivas sangrias, como as da Boate Kiss,
de Mariana, de Brumadinho, do Flamengo e tantas outras que, mesmo de menor
impacto e apelo social, ilustram o caos ao qual a sociedade está submetida.
Quanto vale uma vida perdida? E 300 vidas perdidas? Quanto vale um rio
destruído, uma nascente comprometida, o colapso de um viaduto, um time de
garotos? Quanto custou para o País a criação da Embraer e o desenvolvimento da
tecnologia sem precedentes nos países em desenvolvimento? Compensa aos brasileiros
transferir para empresas internacionais a tecnologia de exploração de petróleo
em águas profundas, patrimônio técnico da engenharia brasileira e da Petrobras?
Quem ganha e quem perdem com a (dês) valorização da engenharia? Já passou da
hora de aprendermos as verdadeiras lições. A valorização da engenharia não é
uma causa corporativa, é uma questão de sobrevivência e fato é real.
Antônio Scarcela Jorge.
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