COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
DEMASIADA
MENTE REGRA
DO
MENTE REGRA
DO
Nobres:
O Brasil é um país similar ao se
criar regras em exagero. Uma das consequências perversas desse excesso é a
criação de regras em abuso. Por causa desse excesso de regras, todos os agentes
econômicos e cidadãos no Brasil são criminosos. Ninguém é capaz de cumprir
todas as regras a que está sujeito. 99% dos produtores rurais descumprem normas
e regulamentações ambientais, de trabalho, de segurança e fiscais. Mais de 90%
das empresas, sejam elas industriais ou de serviços também descumprem normas e
regulamentações, sejam elas trabalhistas, de segurança, tributárias, entre outras.
Na maior parte das vezes seus gestores nem conseguem conhecer todas as regras.
Em outras, as normas são inviáveis, criadas por alguém que não tem a mínima
noção do mundo real. Outras consequências é a informalidade da nossa economia,
que atinge níveis recordes para os padrões internacionais, e o aproveitamento
dela por criminosos, como corruptos e contrabandistas. Esses dados mostram que
é sempre possível achar regras não cumpridas no Brasil. Daí esse caminho da
imprensa ser o mais fácil. Após catástrofes, os periódicos impressos enchem
suas páginas com informações sobre tais falhas e os telejornais povoam suas
cenas com condenações por descumprimento desses preceitos. Entretanto, ao agir
dessa forma, a imprensa chancela essa prática e dá a impressão aos burocratas
de que estão fazendo algo útil para o Brasil. Duas práticas perversas para o
desenvolvimento do país. Pode ter certeza de que a maior parte das tragédias na
verdade são geradas pela burocratização desacerbadas produzidas em redundância.
A barragem de Brumadinho poderia ter sido construída com menos custos e menos
riscos se “as regras ambientais” não tivessem forçado ao acúmulo excessivo de
resíduos daquela forma. O incêndio no Ninho do Urubu (Flamengo) não teria sido
tão perverso se regras sobre trabalho infantil e alojamentos não fossem tão
severas. Ou seja, não são os descumprimentos de regras que geram os acidentes,
mas sim o excesso de regras e a marginalização de nossos empreendimentos. Essas
normas segundo a “filosofia Chacrinha” que insere a toda norma: “vim para
confundir e não para explicar”. – e assim sempre estou dizendo.
Antônio Scarcela Jorge.
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