COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
ANO
NOVO APÓS DOIS MESES
Nobres:
Há um velho adágio que tudo neste
“abençoado” Brasil só vai começar depois do Carnaval. Ainda mais que o famoso
“carnaval” será no início de março, então teremos um fevereiro espichado. Todos
os anos acontecem o represamento dos problemas que requerem solução urgente
para depois do Carnaval! É fato. A exatidão é real, é até mais, já que à
Quarta-Feira de Cinzas sucede mais meia semana de ócio. O ano da graça de 2019
só começa mesmo no dia 11 de março! Incrível para uma sociedade que vive de
feriados! Apesar de ser formalizado como um país laico, a sociedade católica e
alguns evangélicos são reais e contraditórios “ao fingir” em que o Brasil
pratica conforme todas as Constituições republicanas. Até as Leis Orgânicas dos
municípios brasileiros se aprofundam e se reverenciam e ditam feriados, numa
prova mais do que transparente em que não há nada o que fazer. Como convivem do
ócio, o negócio é inventar! Celeradamente o país abrem-se as comportas da
pressa. Um ano como este que escorre tem novidades em relação aos anteriores
porque é o período de início dos governos federal e estaduais. Não é exagero
afirmar que os problemas se multiplicam. Mas há um, porém e sempre tem um: tanto
Jair Bolsonaro, tem que pegar não só um; mais vários problemas adequados a uma
nova metodologia de governar. Quanto Camilo Santana o segundo, existem enigmas,
que vai da segurança findando suportar a sua base desalinhada! Do lado de cima
temos as reformas necessárias, a começar pela Previdência, mas não só ela.
Esperam na fila várias outras, a política entre elas, mas, sobretudo a que
achamos tão ou até mais fundamental que a da Previdência: a reforma
administrativa. Neste aspecto é evidente que a máquina pública gasta muito e
oferece pouco aos contribuintes. Há ilhas de excelência, é verdade, mas é
conhecida a baixa produtividade do setor público, e esta é uma chaga que requer
longo tratamento e algumas cirurgias pontuais. Não se muda a cultura arraigada
de benesses encharcadas no molho do jeitinho brasileiro, ou, pior ainda, o
também conhecido individualismo tupiniquim: esta mania já manjada “eu primeiro,
o resto que se estrepe” ainda faz parte do “cardápio escuso do cotidiano
político”. Para piorar temos outras ilhas, estas nada excelentes, como o
acúmulo de penduricalhos e os salários que ultrapassam, com folga, a barreira
do bom senso. Sem esta reforma, o Brasil continuará atolado no brejo da
ineficiência e da burocracia. Poderíamos acrescentar que governar é muito crítico.
Poucas são as glórias e os reconhecimentos e numerosos são os percalços. Também
temos os mesmos problemas previdenciários, a conspiração permanente da
bandidagem lulista e para isso, o governo precisa ainda mais do apoio da
sociedade que levou o poder através das eleições recentes. Por este lado o
Executivo nada pode fazer se o Legislativo não abraçar a causa do bem estar
comum. É conhecido o poder das corporações e esta é, sem dúvida, uma chaga que ainda
asfixia o País como um todo. É um reflexo do individualismo brasileiro, que
dificilmente consegue entender a expressão "pegar juntos". Ao longo
do tempo o Poder Legislativo raramente abraça uma causa comum e declina da
ideologia ou de prioridades partidárias, isso quando não cede às pressões das
famosas galerias, uma facção orquestradas de esquerdistas ou pior de
interesseiros e bandoleiros, por pequenas que sejam. É incrível como a menor
pressão consegue influenciar o voto dos parlamentares. É comum, de esses
anarquistas saírem sorrindo das “galerias” em todos os níveis. Este será o
maior desafio. Se não mudar de ação continuará o desastre.
Antônio Scarcela Jorge.
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