sábado, 16 de fevereiro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO 16 DE FEVEREIRO DE 2019


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ANO NOVO APÓS DOIS MESES

Nobres:
Há um velho adágio que tudo neste “abençoado” Brasil só vai começar depois do Carnaval. Ainda mais que o famoso “carnaval” será no início de março, então teremos um fevereiro espichado. Todos os anos acontecem o represamento dos problemas que requerem solução urgente para depois do Carnaval! É fato. A exatidão é real, é até mais, já que à Quarta-Feira de Cinzas sucede mais meia semana de ócio. O ano da graça de 2019 só começa mesmo no dia 11 de março! Incrível para uma sociedade que vive de feriados! Apesar de ser formalizado como um país laico, a sociedade católica e alguns evangélicos são reais e contraditórios “ao fingir” em que o Brasil pratica conforme todas as Constituições republicanas. Até as Leis Orgânicas dos municípios brasileiros se aprofundam e se reverenciam e ditam feriados, numa prova mais do que transparente em que não há nada o que fazer. Como convivem do ócio, o negócio é inventar! Celeradamente o país abrem-se as comportas da pressa. Um ano como este que escorre tem novidades em relação aos anteriores porque é o período de início dos governos federal e estaduais. Não é exagero afirmar que os problemas se multiplicam. Mas há um, porém e sempre tem um: tanto Jair Bolsonaro, tem que pegar não só um; mais vários problemas adequados a uma nova metodologia de governar. Quanto Camilo Santana o segundo, existem enigmas, que vai da segurança findando suportar a sua base desalinhada! Do lado de cima temos as reformas necessárias, a começar pela Previdência, mas não só ela. Esperam na fila várias outras, a política entre elas, mas, sobretudo a que achamos tão ou até mais fundamental que a da Previdência: a reforma administrativa. Neste aspecto é evidente que a máquina pública gasta muito e oferece pouco aos contribuintes. Há ilhas de excelência, é verdade, mas é conhecida a baixa produtividade do setor público, e esta é uma chaga que requer longo tratamento e algumas cirurgias pontuais. Não se muda a cultura arraigada de benesses encharcadas no molho do jeitinho brasileiro, ou, pior ainda, o também conhecido individualismo tupiniquim: esta mania já manjada “eu primeiro, o resto que se estrepe” ainda faz parte do “cardápio escuso do cotidiano político”. Para piorar temos outras ilhas, estas nada excelentes, como o acúmulo de penduricalhos e os salários que ultrapassam, com folga, a barreira do bom senso. Sem esta reforma, o Brasil continuará atolado no brejo da ineficiência e da burocracia. Poderíamos acrescentar que governar é muito crítico. Poucas são as glórias e os reconhecimentos e numerosos são os percalços. Também temos os mesmos problemas previdenciários, a conspiração permanente da bandidagem lulista e para isso, o governo precisa ainda mais do apoio da sociedade que levou o poder através das eleições recentes. Por este lado o Executivo nada pode fazer se o Legislativo não abraçar a causa do bem estar comum. É conhecido o poder das corporações e esta é, sem dúvida, uma chaga que ainda asfixia o País como um todo. É um reflexo do individualismo brasileiro, que dificilmente consegue entender a expressão "pegar juntos". Ao longo do tempo o Poder Legislativo raramente abraça uma causa comum e declina da ideologia ou de prioridades partidárias, isso quando não cede às pressões das famosas galerias, uma facção orquestradas de esquerdistas ou pior de interesseiros e bandoleiros, por pequenas que sejam. É incrível como a menor pressão consegue influenciar o voto dos parlamentares. É comum, de esses anarquistas saírem sorrindo das “galerias” em todos os níveis. Este será o maior desafio. Se não mudar de ação continuará o desastre.
Antônio Scarcela Jorge.

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