COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
ESCOLHA CIRCUNSTANCIAL
Nobres:
É inegável ser o mercado de
trabalho ineficiente para as demandas neste aspecto o serviço público tem como
porta de entrada especialmente nas e médias pequenas cidades do país cujo
acesso contraditoriamente se implica o (QI) (a e de quem indica) desprezando o
mérito de qualidade que poderia ser contemplado através de (concurso público),
mas não é, todo mundo sabe! O objetivo sempre foi o politiqueiro quando a
guarda de vagas destinada pela minoria. Como foi Brasil, os corruptos no poder
se deliciam deste modo. Indiferente do
acesso, a exceção imposta pela seriedade do serviço, recorremos às
estatísticas: no Brasil os servidores públicos representam 12% do total de
trabalhadores, número bastante inferior à média dos países da OCDE, 21%.
Dinamarca e Noruega possuem 35% de todos os seus trabalhadores no setor
público, nos EUA são 14%. Posições melhor remuneradas, em média 67% superiores
aos salários da iniciativa privada (dados do Banco Mundial) e estabilidade
atraem, mas incautos olvidam do fundamental: a preocupação com o labor que será
desenvolvido e o apreço ou desapreço que teriam em fazer aquilo por muitos
anos. Mesmo assim, decorridos os anos de atividade, torna-se corriqueira e
enfadonha como fundamental causa de adoecimento no Serviço Público com destaque
o Federal e se constata a pandemia de insatisfação com o trabalho, seja em
altos cargos até aos pequenos quase sempre lastrados e não pragmaticamente. As
pessoas que procuraram o serviço público como trabalho, exceção feita talvez a
carreiras como segurança pública, defesa, áreas alfandegárias, magistratura,
Ministério Público, etc., deparam-se com atividades para as quais não tinham
pálida noção prévia. O crivo que deveria ser precedente executa-se a
posteriori, momento em que o peso de desafiar o status quo da própria
infelicidade com a vida laboral torna-se proibitivo diante do salário certo e
da estabilidade. É na branda idade, quando acreditamos que nunca nos faltará
tempo e as escolhas são tomadas visando o agora, que contraditoriamente somos
instados a tomar uma decisão de longo espectro: que profissão terá, e às vezes
por toda vida. O passar dos anos pode mostrar que não se escolheu fazer o que
se gostava, mas todo momento é tempo para se aprender a gostar do que se faz ou
seguir novos caminhos. Em concluso não existe opção de fato.
Antônio Scarcela Jorge.
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