quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

IDÉIAS/OPINIÃO - DN

 DIÁRIO DO NORDESTE.

COLUNA – IDÉIAS/OPINIÃO.

20.02.2014

Árdua tarefa

As indicações de ocupantes do privilegiado escalão governamental vêm-se processando, de maneira paulatina, em que pese os evidentes esforços da presidente Dilma, no sentido de congregar as agremiações, ao derredor do Planalto, numa sólida composição de forças meticulosamente articulada. Se alguns já subiram ao pódio, muitos ainda aguardam o acesso que não lhes chegou, apesar de serem renovados os pedidos oriundos da 'base aliada'. No momento ora vivido, os três inicialmente empossados, referenciados em artigo anterior, integram as hostes petistas e foram ungidos pela chancela de Lula da Silva e do atual dirigente da sigla, Rui Falcão. Quanto ao PMDB, o trio constituído por Michel Temer, Valdir Raupp e Renan Calheiros compartilha as seguidas listas de nomes, tendo como palco os amplos salões do Palácio Jaburu, território sede de conciliábulos intermináveis. Até diante de recusas a primeira mandatária defrontou-se em suas engenhosas manobras decisórias, com o objetivo de patronear novas e indispensáveis rodadas, ocasionando desgastes dos partidos de maior ponderabilidade. Assim sendo, somente quando março vier, o espinhoso encargo estará concluído, restando a campanha prestes a ser deflagrada, em sintonia com os Executivos Estaduais e os palanques virtualmente acertados para o desenrolar da batalha que se avizinha. Procurando não nos aborrecer tanto com a infindável postulação, há os que atribuem à chefe do País o reprisamento da máxima, segundo a qual, "Quem corre cansa, quem anda alcança!" É indiscutível, no entanto, a chegada da hora de colocar a equipe definida em campo para o jogo sucessório.

Mauro Benevides
Deputado federal pelo PMDB-CE.

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Ligações perigosas

Estamos todos assustados, tomados de enorme perplexidade e medo, diante do atrevimento e da provocação do crime organizado ao Governo do Estado, notadamente a Sejuci - Secretaria de Justiça e Cidadania. Após a morte de dois internos no interior de duas instituições carcerárias, dois ônibus foram incendiados e o pior; o acesso á sede da Sejuci tombou vítima de tiros, supostamente orquestrado de dentro dessas casas. Por que isso se torna possível? Simples. Os presos mantêm comunicação com o mundo externo mediante ligações telefônicas, que não são permitidas, não obstante o Estado não conseguir evitá-las de há muito. Por que será que o Executivo não consegue cumprir as determinações judiciais de pôr bloqueadores de celulares? Como esses aparelhos adentram aos presídios? Quem não ver ou não quer enxergar essas entradas? Haveria conivência de alguém? Quem? Decerto, na resposta à estas perguntas, temos o desfecho do inquérito. Creio que ao órgão responsável pela administração dos nossos presídios cabe as respostas. É de esperar, que de agora em diante, tendo sido dado o alerta a Sejuci, profundas e radicais medidas deverão ser tomadas, visando cortar o fio condutor destas ligações perigosas. Do contrário, mais vidas serão ceifadas, mais ônibus incendiados, e o comando dos nossos presídios corre o sério e catastrófico risco de passar de uma vez por todas para os intramuros prisionais. Se é que já não está! De uma coisa estejamos certos: ou o Estado dialoga com os presos, ou os presos continuarão a comunicar-se com a sociedade. A linguagem de cada um é de todos conhecida!

Odailson da Silva
Psicanalista e Escritor.


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