quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 27 DE FEVEREIRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

QUADRO BRASIL DA VIOLÊNCIA

Nobres:
Numa demonstração da “inoperância do sistema de segurança muitos já não acreditam mais nos governos e nas forças de segurança, tanto que nem mais registram ocorrências de menor gravidade”. Ainda assim, as estatísticas da nação e de vários organismos internacionais em espécie, mostram o Brasil como um dos 10 países mais violentos do mundo. É tão desanimadora a situação, que parece não haver saída para essa barbárie diária. Quando se questionam os governantes, eles costumam responder que se trata apenas de uma “sensação de insegurança” potencializada pela mídia, que tem o mau hábito, no entendimento deles, de noticiar e dar destaque para crimes escabrosos. Antes fosse apenas isso. A verdade é que o cidadão comum não pode ir ao bar da esquina à noite, os pais não dormem enquanto os filhos não retornam da festa ou da escola, os jovens têm optado por programas domésticos por puro medo de sair de casa, os comerciantes de grandes e pequenas cidades estão contratando seguranças privados para não serem assaltados todos os dias e não passa semana sem que aumente o número de famílias enlutadas pela violência especialmente nas cidades brasileiras. Além disso, começam a se multiplicar preocupantes episódios de linchamentos promovidos por justiceiros. – isso ocorre como sendo uma rotina em nossa capital cearense. Para desanimar mais ainda, os presídios em toda parte do país estão lotados. As casas prisionais insuficientes e precárias são o atestado mais evidente da falência de um sistema ineficaz de proteção dos cidadãos, que inclui legislação (e legisladores) em descompasso com a realidade, Justiça impotente ou leniente e governantes relapsos, incapazes de planejar e executar um projeto de segurança eficaz. A polícia, neste contexto, mesmo quando faz o que pode, é apenas a parte visível da inoperância. É um absurdo e o governo imputa a razão da sua incapacidade e/ou má vontade de governar como sendo um problema gerado exclusivamente de ordem social. É um absurdo!

Antônio Scarcela Jorge.

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