quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2021

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
A FORMA DE CONDUZIR A POLÍTICA
NO BRASIL

Nobres:
Na minha concepção e filosofia de vida onde requer o aprendizado em cada cotidiano, tenho por lema redefinir a vida que se nutre do instante com aquilo que o instante oferece. A travessia se torna mais leve, a conexão com o mundo se apresenta no momento em toda esfera ativa. De minha parte, o que reaprendi? Entre outras coisas, a procurar na introspecção, bem mais que na religião, o caráter das pessoas e acima de tudo nesta vida são conceituais aos seus próprios interesses e conveniências. Sempre nos vem às respostas às muitas perguntas que ainda hoje busco. Até que tentei não preservar de um individualismo em que se busca a própria personalidade e entendo que chamamos isso de autoconhecimento. Procurei ser independente, no entanto enxerguei que ela poderia levar tanto ao bem como ao mal. Entendi também que as pessoas não são inteiramente boas ou inteiramente más, é à semelhança do que ensina aprender de amigos, quer bom, quer mal, e me procurava defender. Nessa premissa no fundo de meu intimo faço uma analise que resvala o produto do meio e com os fins objetivos. Diante destes desacertos dos mais elementares que estabelece a conjunção do cotidiano que nos apresenta, me requer pelo sistema politico do Brasil bastante semelhante em outras nações e como tema no momento me refere o resultado das eleições na Câmara dos Deputados e no Senado Federal é mais uma prova de que a mídia deste país que chama a si própria de “grande”, ou de “nacional”, ou coisa parecida, está se tornando um novo tipo de fenômeno uma atividade que, definitivamente, não consegue mais operar de acordo com a sua natureza. É como um navio em que os tripulantes querem navegar terra adentro, e não mar afora. Meios de comunicação, pelo entendimento geral que se tem a respeito das suas funções, servem para dar ao público informação sobre as realidades que existem à sua volta é por isso que as pessoas compram os seus serviços, e por nenhuma outra razão. Cada vez mais, porém, a mídia brasileira vem se mostrando incapaz de exercer a sua atividade natural. Em vez de transmitir fatos, passou a transmitir crenças; está se tornando uma religião, em que toda a energia se concentra em divulgar um evangelho no qual os comunicadores comunicam o que acham certo, virtuoso e obrigatório para a sociedade, e não o que está acontecendo. O resultado básico disso é que o público é apresentado, o tempo todo, a um mundo que não existe. Dizem que está acontecendo uma coisa e acontece outra ou, frequentemente, acontece o contrário. Não é uma questão de ponto de vista; é algo que pode ser constatado com elementos que os advogados chamariam de “prova material”. O episódio da escolha dos novos presidentes da Câmara e Senado é a última comprovação objetiva dessa anomalia — um clássico, na verdade, em matéria de desinformação em estado puro. Há uns dois meses, desde que o assunto apareceu no noticiário, o público foi informado, do primeiro ao último minuto, sobre algo que simplesmente não estava acontecendo: uma disputa duríssima, dessas em que tudo pode acontecer, entre candidatos do governo e candidatos da oposição. Só que jamais existiu, no mundo dos fatos, disputa nenhuma, nem candidato nenhum da oposição os únicos candidatos para valer, desde o começo, eram os do governo, e a única coisa que podia acontecer era a sua eleição. Não custa lembrar. No início dessa história o público leu, viu e ouviu, como notícia de grande seriedade, que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, poderia ser reeleito para o cargo. Maia, que de uns tempos para cá se “reinventou” como líder da esquerda nacional e marechal de campo da oposição, iria causar uma derrota mortal para o governo com a sua vitória; já podiam chamar o padre e encomendar o caixão para o presidente Jair Bolsonaro. Em nenhum momento, na verdade, Maia teve chance alguma: a lei proíbe que presidentes da Câmara sejam reeleitos conforme a legislação que contempla aquilo de seus interesses. Como não dava com Maia, teria de dar com outro; em cinco minutos apareceu um “candidato da oposição”, apresentado como perfeitamente capaz de ganhar a presidência da Câmara. A ficção foi mantida até o fim. A sessão decisiva já tinha começado, e os candidatos já tinham feito os seus discursos finais, o da oposição em favor “da democracia” e a imprensa em peso continuava dando a disputa, que nunca existiu como “aberta”, quando ela já estava fechada antes de começar. Por esta mania que considero uma pandemia viral entre a pandemia imoral desta gente. Nada disso é um erro de avaliação, mas o resultado inevitável do abandono da atividade de informar em favor de um “jornalismo de resistência”. No entendimento dos que o praticam, e que hoje formam a maioria da cúpula da imprensa é uma missão, e não um ofício: dizer que a verdade é aquilo que se decide nas redações, e nada mais, tornou-se uma espécie de dever moral, político e patriótico, vivenciei isso por ter formação academica na área. O público, para o seu próprio bem e para o bem do país, só pode ler, ver e ouvir o que os comunicadores acham que lhe deve ser dito. Do contrário, a população, na sua ignorância, no seu amadorismo ou na sua indiferença, vai ser enganada pelo e no seu sádico costume aplaude, santifica e venera aos rapinas do poder e a mídia, em nome da sobrevivência da democracia e outros valores, está aí para combater nessa guerra que considera santa. São os costumes dos fatos quais permanecem em fases sucessivas e imutáveis com o poder manipulador dos espertos.
Antônio Scarcela Jorge.

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