COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
CHUTE CORROMPIDO
Nobres:
Com esta insistência própria de minha natureza,
tento sair da linha de quem já passou evocar a nostalgia e ficar repetindo
“tempo foi bom” ou “depois deles não surgiu mais ninguém” fato pessoal. No entanto
é real que as facilidades e as dificuldades sempre existiram e a humanidade foi
se adaptando às mudanças que foram ocorrendo. Vejam, por exemplo, a tuberculose:
já não mata e deu lugar a outros males piores que surgem a cada meio século. No
Brasil, portadores de tuberculose ou da hanseníase eram condenados sem processo
e confinados, só pelo fato de terem essas patologias. Um dos que passaram por
essas casas foi Nelson Rodrigues e numa atitude sincera quase rara em função da
hipocrisia regrada dos espertos e que nada dizem, segundo a tiriricada, um
palhaço que surgiu adivinhe de onde um lugar diferenciado do planeta “esperto”
o como cidadão sou nato desta terra qual a divindade criou a verdade uma só
supremacia onde os mistérios são infinitos e até incompreensíveis pela
humanidade. Neste aspecto passamos acreditar desde que se instituiu o novo
calendário e até hoje, não há mutação em termos do Ceará, criada pela ânsia de
poder na forma errônea e oportunista de indicar governadores, se tem exceção
não sabemos nos expressar, no exercício do cargo acham que são os deuses da
suposta razão puxar o tapete dos outros num território de ditadores e depois
estão só, é não é só previsão é certeza, o que está aí é certeza conforme o
único preceito, a verdade. Deixamos de lado a estas questões “paroquiais”
naturais neste território; então retornando Nelson Rodrigues, afirmou que a
causa principal foi à fome que ele passou na infância. Sobre a fome daquela época
no início do Século passado é a mesma de hoje, com todas as evoluções que o
mundo passou onde a população foi atraída nos mais variados segmentos da social
economia com todo tipo de empréstimo, inclusive no capital bancário onde teve
livre acesso e de lá para aqui, jamais saiu. São contabilizados pela história
da República onde o imperativo desta geração foi conduzido, não só por um
“intelectual” o que seria lógico, entronizado pelas forças internacionais das
máfias, religiões que escolheram pela ânsia ideológica esquerdista e segmentos
da economia mundial tendenciosa em prol das esquerdas emergentes em todo mundo
em função da insistência leninista, marxista que foi implantada, mas em
evidência no século passado, espalhado por satélites estratégicos nas Américas,
Central e do Sul. Chegamos enfim nos efeitos dessas tragédias que se
principiaram no inicio do terceiro milênio, em termos de nossa nação, a
sociedade procurou opção um “indivíduo de poucas letras” ao chegar ao trono
experimentou principalmente a irresponsabilidade em gerir os destinos de uma
nação sintetizada pela sociedade. Rememorar seria recapitular uma história
aliada à trágica imperfeição dos políticos corruptos em sua maioria, constituições
e poderes constituídos da nação republicana. Por outro lado de confinamento
involuntário, estou aos estudos, - retomo as crônicas de Nelson Rodrigues o
intérprete que realiza neste cenário principalmente que expressou: deu
interpretação que foge o vocábulo; como: “grã-fina com narina de cadáver”, -
“toda unanimidade é burra”, - “quem não é canalha na véspera é canalha no dia
seguinte”, e centenas de outras. Uma delas a “estagiária de calcanhar sujo”
narrando fábulas que a seu modo, “expressava o caráter delas”. Outro ponto que
recomendava: quando for namorar uma moça, olhe os calcanhares; através deles,
você saberá se ela dará uma boa esposa e boa mãe. Vejamos as nossas concepções,
neste mundo de devassidão estão espalhados, calcanhares sujos a torto e a
direito, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Entendam que “calcanhar sujo” é
apenas um simbolismo e não se refere apenas à parte posterior do pé. O sujeito
pode ter calcanhar sujo na cabeça, no estômago ou no coração. O lamentável: a
sujeira congênita dos calcanhares não sai com lixa, creolina, água sanitária,
nem com milagre; é personalíssima, como um sinal. Desejam um exemplo, vejam um
típico calcanhar sujo: quem usa a calamidade pública ou uma pandemia para tirar
proveito de quem tem menos e esquecem: os senhores políticos que estão no poder
é excelência por lastima conforme vem mobilizando a sociedade ética; os outros
nos dispensamos por razões óbvias, a todos eles, e natural pela história da
humanidade e, que na hora determinada por Deus, de quem ninguém escapa, é
legítimo e natural.
Antônio Scarcela Jorge.