COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
O NOVO CONCEITO DO BRASIL
Nobres:
Um meu conhecido
de longas datas a bem pouco tempo me disse que o Brasil é tudo normal e
acreditava na desordem como padrão nacional, haja vista que era prática, de tão
rotineira, foi naturalizada no país. Ele sempre acreditou! “Mas num piscar de
olhos” tudo mudou em metamorfose no campo dos políticos, idolatrados, saudados,
respeitados por serem corruptos. Porém; foi
como o suceder dos dias e das noites, a mudança das estações do ano, a troca
das fases da Lua. O slogan “rouba, mas faz” perdeu a carga negativa e passou a
ser usado como elogio a político que, embora avance com apetite no erário,
cumpre o papel para o qual foi eleito. Em bom português: roubar seria
fatalidade contra a qual não há como lutar. Conviver com ela era a receita.
Como o raiar do dia, surgiu a Operação Lava-Jato e daí, a novela começou a
mudar o enredo. Pela primeira vez na história, não só preto e pobre conheciam o
rigor da lei. Bandidos do colarinho branco descobriram que o pau que bate em
Chico bate em Francisco. Empresários, senadores, deputados, governadores
pararam atrás das grades. Alguns, como Delcídio Amaral, no exercício do
mandato. O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva cumpre pena em
Curitiba. No final da semana passada, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão,
acusado de herdar o esquema de corrupção que lhe teria rendido R$ 40 milhões
quando era vice de Sérgio Cabral, saiu do Palácio Laranjeiras no camburão da
Polícia Federal. Segundo o Ministério Público, o montante da propina daria para
pagar vencimentos de 22 mil servidores. Ao mesmo tempo em que Pezão prestava
depoimentos, em vez que o Supremo Tribunal Federal julgava o processo que
questionava a legitimidade do indulto a presos concedido pelo presidente Temer
no ano passado. Um pedido de vista do ministro Luiz Fux impediu que corruptos
de carteirinha ganhassem a liberdade antes de cumprir a pena. Foi decisão
importante. Impõe-se deixar claro que o crime não compensa. Quem aposta na
impunidade tem exemplos para reprimir impulsos. Os eleitos que assumem o
mandato em 2019 vêm com o compromisso de fazer a leitura correta do tempo. A
sociedade, ao ir às urnas, disse não à corrupção. “Alguns em sua maioria os
adeptos do lulismo, ainda nem se acordaram e se como fosse estão eternizados”
amargando o sono da enganação é a realidade nua e crua.
Antônio Scarcela Jorge.
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