terça-feira, 29 de janeiro de 2013

COMENTÁRIO - 29 DE JANEIRO DE 2013



COMENTÁRIO

AÇÃO DE LEGITIMIDADE

Nobres: - O nosso país impera a cultura preconceituosa, é testemunho dessa premissa o estilo preconceituoso sobre cor, credo religioso, pobre, entre as demais destacadas. Há um adágio popular aplicado pelo sentimentalismo dos preconceituosos que: “cadeira só foi feita para pobre; preto e prostituta.” – Por outro lado contravém da alusão teórica: - pobreza não é causa da criminalidade. Os pobres honestos e trabalhadores sabem disso muito bem. Mas o argumento que busca relacionar baixa renda e violência é forte e resistente. Seduz por ser uma explicação fácil. O cruzamento de estatísticas criminais com as de economia, porém, revela um evidente descolamento entre pobreza e crime. Tampouco se pode alegar que a desigualdade é a causa do crescimento da criminalidade. Porém, a tese de que pobreza causa da violência, ainda que equivocada, justifica soluções simplistas para o problema. De um lado, há a visão preconceituosa de promover a repressão policial com mais intensidade nas populações da periferia. Do outro, se aposta no “social”: bastaria garantir a distribuição de renda que tudo se resolve.

Não é bem assim.

Há estudos que indicam que a violência é resultado de uma socialização imperfeita. Ou seja, o criminoso não internalizou as regras de convívio social e, assim, as viola sem pudor. Isso pode ocorrer em qualquer camada social: que o digam os crimes de colarinho branco. Há, portanto, necessidade de coerção dos maus instintos de pobres, remediados e ricos. Esse papel cabe ao Estado, que detém a autoridade legítima para usar a força em nome do bem comum por meio da polícia, da Justiça e do sistema prisional. Mas a negligência estatal retira legitimidade dos governos e dificulta o combate ao crime. Seja esse descaso material; falta de estrutura policial ou judiciária.
É só atentar mais para esta questão.
Antônio Scarcela Jorge

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