sábado, 26 de janeiro de 2013

COMENTÁRIO - 26/01/2013



COMENTÁRIO

SCARCELA JORGE

REFORMA IMPLÍCITA

Nobres: - como sempre ocorre logo após as eleições municipais de intensa importância na renovação do quadro político nacional, especialmente em que se refere às grandes capitais do país onde as alterações se processam diante de resultados eleitorais naturalmente recai no governo de maior amplitude no sentido se prever mais uma reforma ministerial no governo da presidente da República. Esta reforma teoricamente “seria de bom grado” consertar algo que não está funcionando direito. Na política, reforma também é sinônimo de redistribuição de cargos. O resultado dela, porém, é bem diferente: ao invés de conquistar espaço, o responsável pelas trocas acaba cedendo às manejas da presidenta Dilma, colaboram para uma falsa ideia incrustada na política brasileira de que quanto maior a coalizão, maior a união e a estabilidade. Na verdade, o que está em jogo não é a formação de um time disposto a lutar junto por um só programa de governo. O que há é a partilha de cargos a partir do ideário do “cada um por si” – e nunca no de “todos por um”. De maneira geral, os partidos com peso eleitoral topam entrar nas coalizões desde que tenham direito a secretarias ou ministérios com “porteira fechada”. Ou seja, querem transformar as pastas em feudos próprios, sem ter de prestar contas. Quando se fala nas tais reformas de governo, o que está em jogo é quem cuida das porteiras e não exatamente o que está sendo feito lá dentro. Enquanto essas práticas persistirem, mais risíveis ficam os bordões sobre o comando da presidenta Dilma Rousseff e seu “choque de gestão”. Nos próximos dias, as novidades lá e cá serão vendidas como uma correção de rumos. No fundo, como os nomes envolvidos na dança das cadeiras expõem, são reformas para muito pouco ou quase nada. Consiste em, não há inovação tende efetivamente a se acomodar seguindo rumos direcionados aos costumes políticos.
Antônio Scarcela Jorge

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