sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

COMENTÁRIO - 11/01/2013



COMENTÁRIO

MERCADOLOGIA NO ENSINO

Nobres:
O povo deve se acender para os programas implantados pelo MEC sob a direção do competente técnico político o economista Aloizio Mercadante que vocacionou os pleitos em execução, tendo suportes universalizados e federalizados em essência. Quase que a totalidade dos projetos despertou atenção para realização de tracejas que na realidade tem apenas novas denominações instituídas no final da década de 90. É inegável descrever uma Pasta que supostamente seria essencialmente técnica: mas virtualmente não é. Remonta a tradição! O Ministério da Educação foi durante muito tempo simples peça no tabuleiro de alianças políticas. Mesmo no regime militar quando se fazia política nas sombras desta. Não processo de redemocratização o problema educacional se impôs: e a partir de FHC formou-se um consenso sobre a importância estratégica do setor. Atingindo este patamar o MEC, em alguns momentos, - mais e em outros menos-, passou a ser gerido de forma implícita dentro de uma visão de Estado por sobre governos. O ex-ministro da Pasta Paulo Renato Sousa, no governo de FHC criou o Provão: exame para mensurar a qualidade de ensino universitário. A mesma linha de trabalho foi estendida, depois de 2003 com Lula e o PT em Brasília. Transfigurou idêntico processo com novos “apelidos”. – Começando pelo o Enade nova sigla do Provão-. Saeb, Enem, são testes cuja filosofia se origina na década de 90, com a chegada dos tucanos ao poder. - Se com Paulo Renato a meta era quantitativa e universalizar a matricula no ensino fundamental, ela foi atingida. No final do segundo mandato de FHC ficava visível a imperiosidade de os esforços serem dirigidos à melhoria de qualidade do ensino. No primeiro mandato de Lula o governo caiu no desvio da prioridade ao ensino superior. Felizmente, no segundo, a bússola do Planalto mudou de direção e foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), marco zero do imprescindível envolvimento do governo federal no ensino básico de responsabilidade legal de estados e municípios. Naquele momento voltado para uma visão para o modernismo que estava sendo imposto de forma natural o economista Aloizio Mercadante recebeu o MEC de Fernando Haddad (atual prefeito de São Paulo) para dar continuidade à missão de Estado de colocar a qualidade na escola pública até prevista em 2020 no mesmo nível dos países da OCDE em 2003. As metas em número de vinte, pactuadas entre governo e sociedade por meio de organizações sociais. Mas foi preciso aumentar a velocidade dos avanços. Mercadante defendeu a concessão de bônus em dinheiro com a fixação de metas para escolas eficientes na alfabetização. Seria uma boa política e contraponto para que os sindicatos corporativistas reclamem. O que é de suma importância entre todas as metas é a questão dos gastos: - O ministro precisa escapar das armadilhas de despesas vistosas boas para estratégia de mercado, entretanto ineficazes de ponto de vista pedagógico. É o caso da compra dentro do programa - “Um Computador por Aluno” - (UCA). Por ele foram adquiridos mais de dez mil laptops distribuídos em cinco cidades-piloto. Todavia fez ressoar o alarme no gabinete de Mercadante: a maior parte dos computadores não foi entregue a tempo e não há ainda infraestrutura em muitas escolas para os equipamentos não há suporte técnico inexistente e treinamento de professores deficiente.  Mais uma vez o dinheiro foi jogado fora (neste caso por puro desleixe – uma exceção na regra corrupta), mas na mesma direção - esvaecendo o erário público. Aliam-se a suposição de que não houve desvios, mas imperada pelo péssimo gerenciamento das ações, continuando a cultura negligente e da irresponsabilidade. Resta como sempre a lição para o ministro é que não caia no discurso fácil de só pedir mais recursos ao Tesouro: e não cuidar da qualidade dos gastos. Somente de tal modo programas e metas serão consolidadas.
Antônio Scarcela Jorge

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