COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
REGRA ALUCINADA
Nobres:
A sucessão de normas retóricas e por demais inconsequentes se eleva o vídeo tape moderno vivenciado em certa medida, crises são como guerras. Produzem morte, dor, tristeza e imagens, vídeos e fotografias marcam época como símbolos que nos permitem uma associação imediata com fatos históricos. Presenciamos fatos marcantes entre outras o Boeing se chocando com as Torres Gêmeas de Nova York, afegãos despencando de uma aeronave que deixava o país, agora novamente dominado pelo terror do Talibã. Aí recorremos uma das estatísticas da ONU sobre o nordeste brasileiro, cuja referência é impar no mundo. Rendido às oligarquias e bilionários que habitam entre nós num conceito que prevalece a rendição das oligarquias da região, agora de um sentido territorial mais amplo incluindo parte dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo. Não é de agora, os noticiosos internacionais noticiaram nas décadas de 70 e 80, reportagens de revistas, jornais e TVs mostravam famélicos do interior do Nordeste. Num cenário ocre, o chão rachado, as caveiras de boi, paus-de-arara, mulheres caminhando léguas e mais léguas com uma lata d’água na cabeça. Quem não lembra? – com certeza os espertos das esquerdas santas se omitem neste contexto. Para quem usa do bom senso, recordamos: A hiperinflação dos anos 80 e parte dos 90 também sacrificava os mais pobres, aqueles que não tinham acesso aos mecanismos bancários de correção da renda. Vieram a estabilidade e as políticas sociais compensatórias e parece que pouco a pouco o Brasil ia deixando a UTI da miserabilidade. Nos últimos anos, porém, engatamos a marcha à ré e como sabemos, o país vive uma crise política, econômica e sanitária que cria uma conjuntura extremamente perversa, sobretudo, claro, para os mais carentes em termos econômicos e nesse aspecto, afinal, nunca foi diferente. A pandemia, sem sombra de dúvidas aprofundou nossa pobreza. “aqui na nossa capital cearense” um homem e sete mulheres, três delas aparentemente idosas, disputam espaço e se debruçam sobre o lixo já acondicionado no caminhão. Uma das mulheres, de vestido estampado, carrega um balde branco para facilitar a coleta dos resíduos. Outra parece recolher um peixe, que coloca numa caixa de papelão rapidamente oferecida por uma moça que antes tinha tentado, sem sucesso, um espaço entre os que se aglomeravam atrás do veículo. Ao lado, enquanto os garis trabalham, outras pessoas vasculham o conteúdo de tonéis azuis que logo serão lançados aos compactadores. O movimento é frenético, como quem busca encontrar antes do concorrente algo que possa ser aproveitado. Porém a insensibilidade do Governador enaltece que vivemos no melhor país do mundo, isento de violência e nem tomado pelo crime organizado, é o Estado brasileiro é um território das mil maravilhas e o povo aplaude, bajula em sua maioria, parece que é um filme de ficção. Diante da desesperança provocada por imagens como essas geradas em sentido real. “planeando” um poeta do nosso Estado vizinho que publicou em suas obras em 1947, - “O bicho não era um cão/Não era um gato/Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.” – ‘Enquanto puder pelo meu estado de saúde frágil vou também publicando regrado ao meu contexto’.
Antônio Scarcela Jorge.
Scarcela Jorge
REGRA ALUCINADA
Nobres:
A sucessão de normas retóricas e por demais inconsequentes se eleva o vídeo tape moderno vivenciado em certa medida, crises são como guerras. Produzem morte, dor, tristeza e imagens, vídeos e fotografias marcam época como símbolos que nos permitem uma associação imediata com fatos históricos. Presenciamos fatos marcantes entre outras o Boeing se chocando com as Torres Gêmeas de Nova York, afegãos despencando de uma aeronave que deixava o país, agora novamente dominado pelo terror do Talibã. Aí recorremos uma das estatísticas da ONU sobre o nordeste brasileiro, cuja referência é impar no mundo. Rendido às oligarquias e bilionários que habitam entre nós num conceito que prevalece a rendição das oligarquias da região, agora de um sentido territorial mais amplo incluindo parte dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo. Não é de agora, os noticiosos internacionais noticiaram nas décadas de 70 e 80, reportagens de revistas, jornais e TVs mostravam famélicos do interior do Nordeste. Num cenário ocre, o chão rachado, as caveiras de boi, paus-de-arara, mulheres caminhando léguas e mais léguas com uma lata d’água na cabeça. Quem não lembra? – com certeza os espertos das esquerdas santas se omitem neste contexto. Para quem usa do bom senso, recordamos: A hiperinflação dos anos 80 e parte dos 90 também sacrificava os mais pobres, aqueles que não tinham acesso aos mecanismos bancários de correção da renda. Vieram a estabilidade e as políticas sociais compensatórias e parece que pouco a pouco o Brasil ia deixando a UTI da miserabilidade. Nos últimos anos, porém, engatamos a marcha à ré e como sabemos, o país vive uma crise política, econômica e sanitária que cria uma conjuntura extremamente perversa, sobretudo, claro, para os mais carentes em termos econômicos e nesse aspecto, afinal, nunca foi diferente. A pandemia, sem sombra de dúvidas aprofundou nossa pobreza. “aqui na nossa capital cearense” um homem e sete mulheres, três delas aparentemente idosas, disputam espaço e se debruçam sobre o lixo já acondicionado no caminhão. Uma das mulheres, de vestido estampado, carrega um balde branco para facilitar a coleta dos resíduos. Outra parece recolher um peixe, que coloca numa caixa de papelão rapidamente oferecida por uma moça que antes tinha tentado, sem sucesso, um espaço entre os que se aglomeravam atrás do veículo. Ao lado, enquanto os garis trabalham, outras pessoas vasculham o conteúdo de tonéis azuis que logo serão lançados aos compactadores. O movimento é frenético, como quem busca encontrar antes do concorrente algo que possa ser aproveitado. Porém a insensibilidade do Governador enaltece que vivemos no melhor país do mundo, isento de violência e nem tomado pelo crime organizado, é o Estado brasileiro é um território das mil maravilhas e o povo aplaude, bajula em sua maioria, parece que é um filme de ficção. Diante da desesperança provocada por imagens como essas geradas em sentido real. “planeando” um poeta do nosso Estado vizinho que publicou em suas obras em 1947, - “O bicho não era um cão/Não era um gato/Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.” – ‘Enquanto puder pelo meu estado de saúde frágil vou também publicando regrado ao meu contexto’.
Antônio Scarcela Jorge.
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