COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
PASSANDO O TEMPO
Nobres:
Estamos em plena corrida para as eleições do
próximo ano de 2022, como estamos nesta “dança” não podemos nos omitir é hora de tratar da
sucessão presidencial com visão mais objetiva. Com exato um ano para se ferir a
disputa, as peças do jogo começam a ficar expostas, porque, se ainda não
conseguem sensibilizar o eleitorado, preocupado com urgências e emergências do
cotidiano, o mesmo não se dá em relação aos principais atores. No que se vê a
população não ode ficar equidistante (não confundir as esquerdas conspiradoras
que “trabalham” há tempo) estamos praticamente há doze meses, correndo ao calor
de expectativas e interesses, são pouco tempo para que se assentem as coisas
mais importantes da campanha. O tempo dos eleitores não tem a rapidez que sobra
nos ponteiros dos políticos, e, entre estes, principalmente, os prováveis ou
possíveis candidatos. No picadeiro onde se esperam decisões, a primeira delas,
da qual dependem os primeiros lances, é a nova residência partidária do
presidente Bolsonaro. Sem isso, tanto as correntes de apoio como as forças de
oposição ficam com ações limitadas. Para não mais retardar, a filiação tem de
estar irretocavelmente pronta em março. Contudo, se para ele o tempo urge, o
problema não é menos desfavorável para quem com ele pretende disputar. No PT,
mais atolado na lama da corrupção tem certos fragmentos de posição ideológica, refratárias
ao engajamento automático, queixando-se do centralismo petista no lançamento
formal da candidatura, antes das consultas. “brigam entre si”. Igualmente
complexo é o esforço para se oferecer opções aos eleitores fanáticos por esta
ação. Já se fala na tentativa de buscar a quarta via, porque a terceira parece
endereçada a Ciro Gomes, candidato do PDT, que também tem de romper as
dificuldades do partido para ganhar o comando de projeto aliancista. Tudo para
confirmar que as esquerdas têm tradicional indisposição para unir forças,
principalmente quando o êxito depende da união, nunca que foi. Percorre solto
que a imposição de candidatura alternativa passou a ser tema de consultas entre
personalidades mais identificadas com o centro, originárias do MDB, PSDB, DEM e
Cidadania, sob a curadoria de emissários do governador de São Paulo. O que elas
pensam sobre abrir uma picada entre caminhos traçados por duas candidaturas que
já antecipam a radicalização? Eles estão sentido isso, é uma norma
individualista e ao mesmo tempo corporativista. O andor vai andando e eles se
ajoelhando como sempre acontece ficar atrás da carruagem. E com que assuntos seriam possíveis arrancar
daqueles partidos uma conduta unificada e unificadora? Sempre estão fora da
empanada do circo. Para tudo e para todos os questionamentos é que estamos
diante de um calendário que começa a se apertar. Este filme é uma reprise.
Antônio Scarcela Jorge.
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