terça-feira, 25 de junho de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA 25 DE JUNHO DE 2019


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
DIGITALIZAR
O CRIME

Nobres:
É indescritível o formato interpretativo das Leis onde um réu confesso, torna-se suspeito, os fragrantes são dispensados embora a comprovação esteja aos olhos das autoridades pertinentes numa demonstração de desrespeito às normas legais que se transformam na pratica em efeitos nenhum. Este é a imagem vivenciada no cotidiano da sociedade em qualquer lugar. É fato generalizado e que atinge a sociedade global. Ser bandido municipal, estadual e nacional é um mérito comum e até são endeusados pela cambada que os veneram. Dentro destes milhões de vermes humanos nesta espécie surge “os chamados hackers, que nem o Brasil nem o mundo estão preparados para enfrentar o ataque de hackers profissionais, financiados por grupos poderosos cujos limites ninguém conhece. A divulgação das supostas mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava-Jato é pálido exemplo do alcance da ousadia de pessoas sem cara, sem endereço e sem CPF. O objetivo que perseguem parece claro: causar danos a indivíduos, Estado, organizações, sistemas ou equipamentos de comunicação. Nada nem ninguém está a salvo dos ataques como demonstram invasões que vêm se sucedendo com preocupante frequência e grande desenvoltura mundo afora. Exemplos ocupam páginas de jornais, postagens na internet e noticiários televisivos. Ocorrem diuturnamente, mas alguns ganham notoriedade em razão do alvo que atingem. Quem lembra o caso da Estônia, país considerado modelo de digitalização. Em 2007, hackers atacaram sites do governo, provocando pânico nos serviços públicos e prejuízos à população. O sinal vermelho acendeu-se. Não há como ignorá-lo ou atuar-lhe os efeitos. Os fatos comprovam que os terroristas digitais dispõem de meios para acessar dados governamentais ou privados e se manterem no anonimato. Tornam-se, portanto, confortavelmente inalcançáveis pelas leis e distantes de punição de qualquer natureza. Em bom português: o crime para eles compensa. Trata-se de realidade nova cuja moeda deixou de ser dólar, ouro ou pedras preciosas. Na era digital, a informação é bem mais valioso que o dinheiro. Um submundo se move com competência para se apossar de conteúdos que satisfazem interesses escusos. Proteger os dados que trafegam na internet é desafio não desta ou daquela instituição, desde ou daquele sistema, deste ou daquele país.
Antônio Scarcela Jorge.

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