COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
DIGITALIZAR
O CRIME
O CRIME
Nobres:
É
indescritível o formato interpretativo das Leis onde um réu confesso, torna-se
suspeito, os fragrantes são dispensados embora a comprovação esteja aos olhos
das autoridades pertinentes numa demonstração de desrespeito às normas legais
que se transformam na pratica em efeitos nenhum. Este é a imagem vivenciada no
cotidiano da sociedade em qualquer lugar. É fato generalizado e que atinge a
sociedade global. Ser bandido municipal, estadual e nacional é um mérito comum
e até são endeusados pela cambada que os veneram. Dentro destes milhões de
vermes humanos nesta espécie surge “os chamados hackers, que nem o Brasil nem o
mundo estão preparados para enfrentar o ataque de hackers profissionais,
financiados por grupos poderosos cujos limites ninguém conhece. A divulgação
das supostas mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores
da Operação Lava-Jato é pálido exemplo do alcance da ousadia de pessoas sem
cara, sem endereço e sem CPF. O objetivo que perseguem parece claro: causar
danos a indivíduos, Estado, organizações, sistemas ou equipamentos de
comunicação. Nada nem ninguém está a salvo dos ataques como demonstram invasões
que vêm se sucedendo com preocupante frequência e grande desenvoltura mundo
afora. Exemplos ocupam páginas de jornais, postagens na internet e noticiários
televisivos. Ocorrem diuturnamente, mas alguns ganham notoriedade em razão do
alvo que atingem. Quem lembra o caso da Estônia, país considerado modelo de
digitalização. Em 2007, hackers atacaram sites do governo, provocando pânico
nos serviços públicos e prejuízos à população. O sinal vermelho acendeu-se. Não
há como ignorá-lo ou atuar-lhe os efeitos. Os fatos comprovam que os
terroristas digitais dispõem de meios para acessar dados governamentais ou
privados e se manterem no anonimato. Tornam-se, portanto, confortavelmente
inalcançáveis pelas leis e distantes de punição de qualquer natureza. Em bom
português: o crime para eles compensa. Trata-se de realidade nova cuja moeda
deixou de ser dólar, ouro ou pedras preciosas. Na era digital, a informação é
bem mais valioso que o dinheiro. Um submundo se move com competência para se
apossar de conteúdos que satisfazem interesses escusos. Proteger os dados que
trafegam na internet é desafio não desta ou daquela instituição, desde ou
daquele sistema, deste ou daquele país.
Antônio Scarcela
Jorge.
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