COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ENSINO OPCIONAL
Nobres:
As nossas criticas iniciais são elementares para expor conceitos que
determinam o sequencial do cotidiano. Sempre fomos partidários de um velho
empreendimento na educação onde o retrocesso da nossa cultura guardava e ainda
guarda preconceitos sobre este estilo de educação, onde alguns segmentos que
vivem da educação alimentam em péssimas escolas e universidades regionais têm
por sendo as melhores universidades do mundo. Enquanto o analfabetismo cultural
de elementos que as duras penas concluem o ensino superior por força destas fabricações de ensino
perdurarem continuaremos cultuando a ignorância em esteio, principalmente no
ensino público que há uma preocupação em elevar a mídia com prêmios e comendas,
resultado secundário e prioritário para o governismo permanente em relevo. Nos grandes países, a educação á distância é
foco das ações há mais de cinquenta anos, mas considerando que no Brasil, aos
“trancos e barrancos” tem que se adaptar a este novo empreendimento num mundo
em que as mudanças são cada vez mais velozes, em todos os setores, a área de
ensino não poderia ficar de fora das transformações. A educação a distância vem
ganhando terreno em todo o Brasil. Educadores discutem se o ensino fora da sala
de aula traz os mesmos benefícios que o presencial, mas o fato é que o local de
formação profissional não convencional, principalmente em relação ao nível
superior, reflete os novos costumes e um estilo de vida renovado, em que a
plataforma digital se faz mais e mais presente em todas as atividades. A
questão da qualidade do ensino, tão criticada pelos especialistas nos últimos
tempos, vem à tona quando se discute a educação à distância, também conhecida
como EAD. De modo particular estamos em uma escola de ensino a distância onde
experimentamos um maior rendimento da escola presencial. Não são poucos os que
concordam com a eficácia desse modelo de educação, mas parcela significativa de
integrantes do magistério não esconde sua desconfiança com o mesmo. Importante
ressaltar que todos os cursos autorizados e regularizados funcionam sob a
fiscalização do Ministério da Educação (MEC). No Brasil, apenas quatro são
proibidos de ministrar o Ensino a Distância - EAD: - direito, medicina,
odontologia e psicologia-. O aumento da procura por essa modalidade de ensino
se dá, principalmente, por questões econômicas, diante do cenário desfavorável
do financiamento estudantil. Estudos mostram que os estudantes que optam pela
permanência na sala de aula têm maior disponibilidade de tempo e de recursos
financeiros. A perspectiva do setor é aumentar as matrículas no ensino à
distância, no médio prazo, pois a tendência é a de que os estudantes com mais
dificuldades financeiras migrem para ele. A previsão é de que, em 2023, a
formação on-line responda por mais alunos do que aquela em sala de aula, de
acordo com os dirigentes da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino
Superior (ABMES). Nas estatísticas que expressa a realidade confirmam que no
Sudeste, entre 2010 a 2017, ano do último censo da educação superior, Minas
Gerais lidera o crescimento de novas matrículas presenciais e a distância, com
3,4% ao ano (média), seguido por Rio de Janeiro, com avanço de 3,1% no período;
Espírito Santo, com 3%; e São Paulo, com 2,9%. A expectativa entre os
educadores é de que os dois tipos de ensino caminhem para um modelo misto, que
combina presencial e a distância, de acordo com a necessidade de cada aluno e
de cada curso. O fundamental é que cada instituição estabeleça seu modelo
dentro das diretrizes nacionais curriculares. Não se pode fugir da realidade e
o que tem de ser buscado pelas autoridades é o aperfeiçoamento do EAD, para que
mais jovens possam conseguir seu diploma universitário para entrar num mercado
cada vez mais competitivo que requer qualidade.
Antônio Scarcela Jorge.
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