COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
FALTAR COM A EDUCAÇÃO
Nobres:
Enfim uma ação em que nos países
de primeiro mundo conceitua há décadas. Neste aspecto recorremos as
estatísticas de vários organismos para instar elementos e não ser alvo de
contestação de certos órgãos que se urgem promover-se como base de sustentação
de seu governo. Neste sentido o
Ministério da Educação homologou a decisão do Conselho Nacional de Educação
(CNE) que aprovou as novas diretrizes do ensino médio. Entre as medidas está a
possibilidade de até vinte por cento de a carga horária ser por meio do ensino
a distância (EAD) e poderá chegar a trinta por cento para os estudantes do
período noturno. Os percentuais não valem para os conteúdos obrigatórios da
Base Nacional Comum Curricular, que ainda não está concluída. O EAD só vale
para o conteúdo diferenciado, que será definido por escola, município e unidade
da Federação. Para os alunos do ensino fundamental, que abrange crianças de 6 a
14 anos, a modalidade continua proibida. Apesar de suscitar controvérsias, a
iniciativa do governo é positiva e deverá beneficiar, principalmente, quem
tenta recuperar o tempo perdido, por meio do sistema de Educação de Jovens e
Adultos (EJA). Mas exige cuidados. A facilidade impõe ao poder público esforço
redobrado na formulação dos conteúdos. Diferentes sondagens revelam que a
qualidade do ensino brasileiro ainda precisa avançar muito para alcançar o
patamar do século XXI. Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), só pouco mais de dois por cento dos alunos carentes conseguem
atingir pelo menos o “nível três” em
ciência, matemática e leitura no Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (PISA) O resultado coloca o Brasil no aspecto social em pior
situação entre 70 países do estudo. Ou seja, atrás de Colômbia, Costa Rica,
Geórgia, Romênia e Trinidade e Tobago. Em Hong Kong (China), 53,2% dos alunos
carentes atingiram o nível “três”; no Japão, pouco mais de quarenta e três por
cento; na Finlândia, quarenta por cento. A implantação do ensino a distância
exigirá muito dos profissionais para que conquiste padrão de qualidade. Além
disso, o Brasil ainda tem muito que melhorar na oferta de internet com
velocidade. Hoje, o acesso à rede virtual não está universalizado, seja pela
falta de cobertura nas cidades do interior, seja pelo percentual de brasileiros
que, devido ao baixo poder aquisitivo, não têm computador doméstico. Pesquisa
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 63
milhões de pessoas não usam internet. Grande parte das escolas públicas também
não têm como garantir esse acesso aos alunos. Para vencer as barreiras, o poder
público terá que fazer investimentos, de modo que adolescentes, jovens e
adultos possam interagir no meio virtual a fim de complementar sua formação
educacional. Os déficits de conhecimento dos estudantes estão comprovados,
sobretudo no ensino da língua portuguesa. Muitos leem, mas não conseguem
compreender a mensagem do texto. Trata-se de dificuldade a ser superada para
que o Brasil ingresse, com sucesso, no modelo contemporâneo de educação. estatísticas
reais de organismos internacionais, bem diferente dos dados publicados no
governo do Estado do Ceará em que o ensino em todos os níveis, aqui, é o melhor
do mundo (oficializando o (fake news) que aos poucos vem perdendo a
credibilidade.
Antônio Scarcela Jorge.
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