COMENTÁRIO
SCARCELA
JORGE
O OLHAR PARA TODOS OS FIÉIS
Nobres:
A campanha
política passou, mas deixou pelo caminho marcas profunda de intolerância e
violência de todo tipo, como em 2014, o país rachou ao meio. Entretanto, este
ano foi muito pior. A radicalização explodiu no segundo turno. Muita gente, de
ambos os lados, afirmava que joio e trigo, antes misturados no Evangelho,
estavam agora claramente destacados um do outro. Parece que o bem foi separado do
mal e todo mundo teve que escolher. É como se o juízo final fosse antecipado e
desde agora pudéssemos saber toda verdade. A verdade de quem? Os eleitores de Hadadd
acreditavam (e ainda acreditam, é claro) estar do lado certo, o lado do bem.
Eles têm lá seus critérios do que acha justo e verdadeiro, ainda que possamos,
evidentemente, discordar. Para os cristãos os critérios são aqueles
explicitados na Palavra de Deus, mas é preciso ter cuidado também para não
distorcê-la submetendo os ditos de Jesus às nossas chaves ideológicas e até
oportunistas de leitura.
Neste cenário beligerante qual foi o papel da Igreja Católica? Em primeiro lugar constata-se que a Igreja vem perdendo espaço para as outras igrejas cristãs, estas sim, cada vez mais articuladas. Ao mesmo tempo, os movimentos conservadores católicos desde o pontificado de João Paulo II cresceram bastante, a impressão que se tem é que os pontos mais fortes da evangelização. E mais: muitas congregações religiosas que antes desempenhavam um papel profético no meio do povo abandonaram as cidades alegando falta de vocações. Inúmeras paróquias foram deixadas para trás. A força da articulação do catolicismo adormeceu. Olhando mais para o seu próprio umbigo do que para a realidade em que vive o nosso povo, a relevância política da Igreja diminui a cada dia. O que vimos nessa eleição? Vimos uma CNBB apática, enfraquecida pelas divisões ideológicas dos seus membros, divisões que afloraram com força e mesmo agressividade em alguns casos. Ao invés de buscarem o diálogo sereno e respeitoso, muitos bispos, e padres, individualmente ou através de seus organismos institucionais, partiram para os ataques contra aquele que se supostamente e contraditoriamente diziam inimigos e que nem sequer mereciam as nossas orações, as orações sim foram direcionadas que nem tinha respeito e sempre foi alheia a Igreja. Sempre foi assim, como seus agregados políticos interesseiros e os bispos tidos como modernistas estiveram ao lado do anarquismo desde o ano sessenta do século passado. Retroceder a história é fato real. Se a Igreja continuar se afastando do trabalho de base e enveredar por questões políticas e esse clima de beligerância ideológica permanecer por mais tempo, se afastará da missão libertadora dada por Jesus. Fora do diálogo respeitoso e construtivo por seus integrantes no que se viu, não há saída. Longe do povo muito menos. Ser um cabo eleitoral dentro da igreja cada vez mais promove o desencontro entre os verdadeiros fiéis.
Neste cenário beligerante qual foi o papel da Igreja Católica? Em primeiro lugar constata-se que a Igreja vem perdendo espaço para as outras igrejas cristãs, estas sim, cada vez mais articuladas. Ao mesmo tempo, os movimentos conservadores católicos desde o pontificado de João Paulo II cresceram bastante, a impressão que se tem é que os pontos mais fortes da evangelização. E mais: muitas congregações religiosas que antes desempenhavam um papel profético no meio do povo abandonaram as cidades alegando falta de vocações. Inúmeras paróquias foram deixadas para trás. A força da articulação do catolicismo adormeceu. Olhando mais para o seu próprio umbigo do que para a realidade em que vive o nosso povo, a relevância política da Igreja diminui a cada dia. O que vimos nessa eleição? Vimos uma CNBB apática, enfraquecida pelas divisões ideológicas dos seus membros, divisões que afloraram com força e mesmo agressividade em alguns casos. Ao invés de buscarem o diálogo sereno e respeitoso, muitos bispos, e padres, individualmente ou através de seus organismos institucionais, partiram para os ataques contra aquele que se supostamente e contraditoriamente diziam inimigos e que nem sequer mereciam as nossas orações, as orações sim foram direcionadas que nem tinha respeito e sempre foi alheia a Igreja. Sempre foi assim, como seus agregados políticos interesseiros e os bispos tidos como modernistas estiveram ao lado do anarquismo desde o ano sessenta do século passado. Retroceder a história é fato real. Se a Igreja continuar se afastando do trabalho de base e enveredar por questões políticas e esse clima de beligerância ideológica permanecer por mais tempo, se afastará da missão libertadora dada por Jesus. Fora do diálogo respeitoso e construtivo por seus integrantes no que se viu, não há saída. Longe do povo muito menos. Ser um cabo eleitoral dentro da igreja cada vez mais promove o desencontro entre os verdadeiros fiéis.
Antônio Scarcela
Jorge.
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