domingo, 18 de novembro de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2018


COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE
MUDANÇAS OBJETIVAS

Nobres:
A Constituição de 1988 estabeleceu esse novo papel do governo federal no processo de planejamento municipal quando criou dispositivos constitucionais urbanísticos, regulamentados pelo Estatuto da Cidade (2001) e institucionalizados através da criação do Ministério das Cidades (2003). Entretanto, o aparato institucional criado para conceber e programar as políticas urbanas nacionais ainda não foi capaz de produzir resultados expressivos no desenvolvimento das nossas cidades. Os poucos projetos concebidos pelo Ministério das Cidades que alcançaram repercussão nacional, como por exemplo, o Programa Minha Casa Minha Vida, apresentam grandes deficiências técnicas já amplamente reconhecidas. Talvez por isso, a maior ingerência do governo federal nas questões urbanas não esteja sendo devidamente contemplada nos debates, e alguns candidatos podem estar até mesmo questionando a sua relevância. Um dos candidatos, inclusive, propõe explicitamente, se eleito, a extinção deste ministério. O fortalecimento político-institucional do Ministério das Cidades e a consolidação de uma agenda urbana nacional serão imprescindíveis para o sucesso do próximo mandato presidencial. A recuperação da economia, tão aclamada pelos candidatos e seus eleitores, só trará benefícios concretos para a população se vier acompanhada de propostas consistentes de desenvolvimento territorial e de gestão urbana. Nada adiantará voltarmos a ser a sétima economia do mundo se isso não se transformar em melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os protestos que explodiram nas principais cidades do país, em junho de 2013, em que as pessoas reivindicavam melhorias urbanas, demonstram que a população já percebeu a relação intrínseca entre qualidade de vida e cidade. Só falta agora os políticos entenderem que o instrumento capaz de realizar essa transformação é o urbanismo.

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FAKE NEWS
Um episódio que se tornou prosaico em certos segmento da imprensa como se comporta. Tudo que é “ilícito” se tornou comum nos grandes centros e até nas pequenas cidades do interior do país através do rádio onde se programa a notícia como o único acesso de comunicação de massas. No primeiro caso, as prefeituras firmam contratos para veicular notícia e obviamente promover os gestores. Neste sentido o assunto tomou nova feição e de forma generalizada se agregando as eleições presidenciais onde o confronto foi iminente promovido pelo “falso ideologicamente correto” que jogou tudo para se mantiver no poder. Ao utilizar as noticias originarias da grande mídia como verdadeira, se comete gravíssima ação, imprópria a ética da comunicação. Ao se enveredar pela pura e simples falsificação da notícia tornou-se regra nos grandes veículos da imprensa, pois há um grande risco de perda de credibilidade quanto maior for à mentira inventada, seguida por emissoras de rádios, das médias e pequenas cidades do interior, com raríssimas exceções, pois, se tornou único meio de interação das massas sociais em sua maioria de pouco conhecimento. Porém, é bastante usual nos mais segmentados, cujo público esteja mais disposto a ler aquilo que corrobore com suas próprias opiniões e crenças. Por ser mais sutil do que a mera invenção de notícias, esse procedimento é bem comum e está se tornando corriqueiro. O pior, a leitura do fato originária da grande mídia e imediatamente distorce a verdade dando outras interpretações ao agrado de grupos que usam do clientelismo como fonte de informação e de promoção de suas administrações, quase sempre falseada a verdade como é de praxe. O uso indevido da verba consignada pelos municípios a custa do erário, implica em danos a população (usar o chapéu dos outros) mesmo levando em consideração “normal” é inflação moral e requer análise do poder pertinente (Ministério Público). Correndo ao léu com a proteção de entidade que protege os prefeitos, cuja denominação é implícita quando generaliza os municípios cuja classificação não há objetivo consistente. Este esquema foi gerado de forma especial por gestores petistas e aliados que ainda hoje não querem se agarrar do poder embora estejam “cassados” pelo eleitorado brasileiro. Neste mesmo aspecto a prática deste esquema astucioso inserido nas eleições recém-realizadas e se perduram ainda nos noticiosos diários no rádio, objetivando a firme intenção de tentar enganar as pessoas onde de certa forma estão até agora, acertando o alvo preferido em alusão aos segmentos de massa. Como não há censura implícita, torna-se a amplitude de expressão essencialmente democrática, mas urgindo a responsabilidade e a forma pertinente (sempre houve através dessas empresas de comunicação quando o assunto não interessa). Neste caso autoridades pertinentes estejam atentas.
Antônio Scarcela Jorge.

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