quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA 18 DE DEZEMBRO DE 2019


COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
DECISÃO DA CORTE

Nobres:
Não enfadamos em instar que se tornou retórica relacionado ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão em segunda instância não deve ser interpretada como uma espécie de indulto não “Tem nada vê” arguindo por duas vertentes, parece ser coincidente ou intencionalmente, pelas proximidades do Natal, como concessão de liberdade plena a delinquentes encarcerados. No fato, a própria corte reconsiderou o que antes havia julgado: condenados em segunda instância podiam ser presos ou mantidos presos porque já se teria processado o princípio do reconhecimento penal. Querendo devolver atribuições num jogo de interesses e salvação o STF e o Congresso, por todo esse tempo em que se lavraram divergências mútuas assumidas o papel de monitor definitivo das tendências nacionais, o Judiciário sinteticamente não teria mais por que se manifestar. Em outras expressões: a questão, de alto alcance na vida pública do país porque relacionada à corrupção, desvios de recursos públicos, tráfico de drogas e delinquência de toda ordem, já teria encontrado entre os comandos do legislativo e judiciário se emaranha em supostas dúvidas. O que aflige a opinião pública e grande parte dos brasileiros é o risco de retrocesso. Nos últimos anos, elevou-se a bandeira de saneamento da vida nacional com a Operação Lava-Jato. O engajamento do Ministério Público na persecução criminal a delinquentes colarinhos brancos em Curitiba fomentou a crença de que deixaríamos para trás a pecha de país da impunidade. E, com certeza, o que se viu foram ex-ministros de Estado, altos empresários, funcionários de estatais e até ex-presidentes da República objeto de investigação policial e processual. Comandado pelo o maior dos corruptos que instituiu uma quadrilha de políticos e empreiteiros implicados no maior roubo do planeta aqui no país, tiveram que retornar em parte aos cofres públicos bilhões de reais desviados por eles em atividades ilícitas. À medida que os fatos forem assumindo a configuração real,  aparentemente alguns levarão a melhor. Mas nem todos nem por muito tempo. Processo a processo caberá aos magistrados deste país não conceder incondicionalmente liberdade a marginais perigosos ou a infratores de elite. Uma coisa é certa: o Brasil mudou. Não aceitará retrocesso no movimento de repercussão internacional que depositou no coração dos cidadãos a esperança de não serem mais ludibriados quer por políticos, quer por empresários, quer por aventureiros de plantão.
Antônio Scarcela Jorge.

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