segunda-feira, 22 de junho de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA 22 DE JUNHO DE 2020

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
EXISTIR UM NOVO CONCEITO DO ENSINO EDUCACIONAL

Nobres:
Neste emaranhado de contradições e consequentemente indecisões no cenário político e da pandemia da “corona vírus” se espelham em oportunismo vulgar. Há milhares de elementos para se instar. Revendo os noticiosos das mídias e das redes sociais em variedades nos vem chamado atenção  é o ensino que mudou radicalmente em função dos acontecimentos e  possivelmente não haverá aula presencial em 2020 especialmente no ensino universitário. A UFRJ, a USP, a Unicamp e a UNESP, afirmaram que não retomam mais, neste ano. A UFRJ afirmou, inclusive, que só terá alunos e professores juntos, novamente, depois da vacina contra o corona vírus. Observe que essas instituições são frequentadas por adolescentes acima dos 16 anos e adultos. Pessoas que, pelo menos em tese, sabem exatamente o que está acontecendo e são capazes (também em tese) de cumprir o complicadíssimo protocolo que tenta um mínimo de segurança, para a convivência coletiva durante a pandemia em que o risco é muito alto e isso não é força de expressão. As escolas (mesmo com distanciamento social) estão na categoria "risco muito alto" de contaminação. As universidades já entenderam que não há a menor condição de juntarmos alunos e professores em salas de aula, por enquanto. A situação que fez com que as escolas fossem fechadas, por todo o Brasil, apenas piorou, nos últimos meses, e não há qualquer previsão de melhora no horizonte. Um cenário dificílimo e muito diferente de todos os lugares que retomaram aulas presenciais e mesmo nos países onde tudo parecia seguro, onde aulas presenciais foram retomadas depois do pico dessa pandemia, muitas escolas voltaram a ser fechadas por causa de novos surtos de covid-19. Diante desse cenário, o que estão fazendo donos de escolas, no em termos de Brasil? Algumas escolas particulares  pressionam os governos estaduais e municipais (os donos do poder) para que possam reabrir logo, inclusive antes da rede pública de ensino. Uma postura que, além do problema ético evidente, é a prova mais contundente de que nos pensam próprios bolsos e não na saúde dos nossos filhos. Na nossa concepção há de educativo em brigar para exercer privilégios, aumentando ainda mais os já imensos abismos entre crianças e adolescentes de diferentes classes sociais. Ainda tentar nos convencer de que afastar cadeiras, obrigar crianças ao uso de máscaras e disponibilizar álcool gel protegeria a saúde dos alunos e funcionários. Na realidade está ensejando a obrigatoriedade de descontos nas mensalidades. É evidente que as instituições de ensino estão em crise, isso atinge em escala em todas as regiões do país. Queremos esclarecer que aqui os efeitos são consensuais e usam a racionalidade. Porém em outras localidades do País, torna-se uma postura desejável para humanos em diferentes atividades e empresários de diversos setores, é mais do que obrigatória para quem optou por trabalhar na formação de pessoas. Nas escolas, devemos encontrar bons exemplos, respeito à vida em todas as suas formas, respeito à infância e toda a sua subjetividade. Crianças e adolescentes não devem ter suas rotinas impactadas pelos interesses financeiros de empresários, não devem ser postas em risco pela necessidade financeira de terceiros. Nas escolas, alunos são ou deveriam ser a mais absoluta prioridade.
Antônio Scarcela Jorge.

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