COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
EXISTIR UM NOVO CONCEITO DO ENSINO EDUCACIONAL
Nobres:
Neste emaranhado de contradições
e consequentemente indecisões no cenário político e da pandemia da “corona
vírus” se espelham em oportunismo vulgar. Há milhares de elementos para se
instar. Revendo os noticiosos das mídias e das redes sociais em variedades nos
vem chamado atenção é o ensino que mudou
radicalmente em função dos acontecimentos e
possivelmente não haverá aula presencial em 2020 especialmente no ensino
universitário. A UFRJ, a USP, a Unicamp e a UNESP, afirmaram que não retomam
mais, neste ano. A UFRJ afirmou, inclusive, que só terá alunos e professores
juntos, novamente, depois da vacina contra o corona vírus. Observe que essas
instituições são frequentadas por adolescentes acima dos 16 anos e adultos.
Pessoas que, pelo menos em tese, sabem exatamente o que está acontecendo e são
capazes (também em tese) de cumprir o complicadíssimo protocolo que tenta um
mínimo de segurança, para a convivência coletiva durante a pandemia em que o
risco é muito alto e isso não é força de expressão. As escolas (mesmo com
distanciamento social) estão na categoria "risco muito alto" de
contaminação. As universidades já entenderam que não há a menor condição de
juntarmos alunos e professores em salas de aula, por enquanto. A situação que
fez com que as escolas fossem fechadas, por todo o Brasil, apenas piorou, nos
últimos meses, e não há qualquer previsão de melhora no horizonte. Um cenário
dificílimo e muito diferente de todos os lugares que retomaram aulas
presenciais e mesmo nos países onde tudo parecia seguro, onde aulas presenciais
foram retomadas depois do pico dessa pandemia, muitas escolas voltaram a ser
fechadas por causa de novos surtos de covid-19. Diante desse cenário, o que
estão fazendo donos de escolas, no em termos de Brasil? Algumas escolas particulares pressionam os governos estaduais e municipais
(os donos do poder) para que possam reabrir logo, inclusive antes da rede
pública de ensino. Uma postura que, além do problema ético evidente, é a prova
mais contundente de que nos pensam próprios bolsos e não na saúde dos nossos
filhos. Na nossa concepção há de educativo em brigar para exercer privilégios,
aumentando ainda mais os já imensos abismos entre crianças e adolescentes de
diferentes classes sociais. Ainda tentar nos convencer de que afastar cadeiras,
obrigar crianças ao uso de máscaras e disponibilizar álcool gel protegeria a saúde
dos alunos e funcionários. Na realidade está ensejando a obrigatoriedade de
descontos nas mensalidades. É evidente que as instituições de ensino estão em
crise, isso atinge em escala em todas as regiões do país. Queremos esclarecer
que aqui os efeitos são consensuais e usam a racionalidade. Porém em outras
localidades do País, torna-se uma postura desejável para humanos em diferentes
atividades e empresários de diversos setores, é mais do que obrigatória para
quem optou por trabalhar na formação de pessoas. Nas escolas, devemos encontrar
bons exemplos, respeito à vida em todas as suas formas, respeito à infância e
toda a sua subjetividade. Crianças e adolescentes não devem ter suas rotinas
impactadas pelos interesses financeiros de empresários, não devem ser postas em
risco pela necessidade financeira de terceiros. Nas escolas, alunos são ou
deveriam ser a mais absoluta prioridade.
Antônio Scarcela Jorge.
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