sábado, 24 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 24 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

BRASIL UM PAÍS DO OUTRO UNIVERSO.

Nobres:
Dizer que o Brasil é uma nação em desenvolvimento entre todos os aspectos torna-se colidente em afirmar que seja de primeiro ou de terceiro mundo. É um país similar entre acobertar ações corruptas, que nesta hora abriga a triste liderança em termos de corrupção e o mau político. Entre o cotidiano de desacertos que estimula a roubalheira, vários mecanismos se apresentam através do bando aliado a “força” de governo, legalmente e contraditoriamente constituído por um dos poderes da república (legislativo) no sentido de apresentar o vergonhoso relatório apresentado pelo relator da CPI da Petrobras, que ataca delatores da Operação Lava-Jato e isenta políticos de participação no esquema de subtração da estatal, a investigação parlamentar de oito meses trouxe um benefício para o país. Foi devido a sua existência que um dos investigados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se apresentou espontaneamente para depor, cometeu um deslize que poderá custar-lhe o mandato: mentiu a seus pares, dizendo que não possuía contas no Exterior. Desmascarado pelo Ministério Público com base em documentação obtida na Suíça, ele terá que enfrentar o Conselho de Ética. Mas a armadilha que apanhou Cunha não foi preparada pelos integrantes da comissão. Pelo contrário, a preocupação evidenciada pelo relatório do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi livrar 62 políticos, além da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, de qualquer responsabilidade pelos desvios de recursos da Petrobras. O relator ainda fez questão de criticar "o excesso de delações premiadas" das investigações conduzidas pelo juiz Sergio Moro e pelo Ministério Público, numa constrangedora tentativa de abafar o escândalo. Embora o texto ainda tenha que ser aprovado pelos demais integrantes da comissão e deputados oposicionistas já tenham anunciado que apresentarão voto separado por não concordarem com as conclusões do relator, fica a impressão de inutilidade de um trabalho que consumiu quase um ano, inquiriu 132 pessoas e consumiu recursos públicos expressivos, incluindo a viagem de um grupo de parlamentares a Londres para tomar o depoimento de uma testemunha. Não fosse pelo tropeço de Cunha, teria sido totalmente improfícuo.
Antônio Scarcela Jorge.

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