sexta-feira, 23 de outubro de 2015

"AS FACES DA MOEDA" - O BRASIL REAL - E A MENTIRA DO GOVERNO


GOVERNO ESTIMA DÉFICIT DE R$ 50 BI NO ORÇAMENTO 2015, DIZ JAQUES WAGNER.


Meta de economia para pagar juros da dívida pública deve ser revista.


Apesar da previsão, o ministro afirmou que 'não tem nada fechado'


O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira (22), no Palácio do Planalto, que o governo federal trabalha com uma estimativa de déficit de R$ 50 bilhões para 2015.

Na véspera, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, havia declarado a possibilidade de uma nova revisão da meta de economia, prevista no Orçamento de 2015, para pagar os juros da dívida pública, o chamado superávit primário. Segundo ele, a decisão deve sair nesta sexta (23).

Em junho, o governo já revisou para baixo a meta fiscal. Na peça orçamentária original, a previsão do governo era um superávit de R$ 66,3 bilhões, ou 1,19% do PIB. Atualmente, a meta para 2015 é de R$ 8,747, o equivalente a 0,15% do PIB.

"Nós não vamos ficar voltando toda hora lá, no Orçamento de 2015. Então é preciso botar tudo o que você ainda não tem certeza, a gente está botando ali. Se entrar receita, é uma coisa. Se não entrar, é outra", disse Wagner.

"Não tem nada fechado sobre o tamanho do déficit, porque a vida continua. Se entrar dinheiro, diminui. Se não entrar, mantém a estimativa. Falei que é em torno de R$ 50 bilhões", concluiu o ministro.

A matéria sequer foi votada pelo Congresso Nacional. O governo ainda depende de outras análises de projeção de receitas para fechar o Orçamento deste ano.

'Pedaladas'.

Na entrevista, concedida em um dos elevadores do palácio, Wagner foi questionado sobre se a estimativa de déficit de R$ 50 bilhões já inclui os recursos destinados a pagar os prejuízos com as chamadas "pedaladas fiscais" – prática do governo de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.

"Nós vamos resolver o negócio dos bancos, pedaladas, mas não está nisso aqui déficit de R$ 50 bilhões, porque o TCU vai dizer se vai admitir parcelamento, se não vai. Se ele disser que é tudo esse ano, nós vamos fazer", disse o ministro.

Déficit inédito em 2014.

No ano passado, o governo federal bateu recorde de gastos e as contas públicas tiveram o primeiro déficit primário (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida pública) em 18 anos, de R$ 17,24 bilhões.

Influenciadas pelo resultado ruim do governo federal,  as contas do setor público, que englobam também os estados, municípios e empresas estatais, também registraram déficit primário inédito de R$ 32,53 bilhões, ou 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: G1 – DF.

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