quinta-feira, 29 de outubro de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

NO MOMENTO DE CRISE PROMOVE A GASTANÇA POR UM GOVERNO IRRESPONSÁVEL.

Nobres:
Jamais se viu neste país, um governo sacrificar a sociedade no momento de crise que foi ocasionada pela ladroagem do desgoverno. Permanecem inúmeros exemplos praticados no exercício da irresponsabilidade. A sacanagem é tão intensa que o líder do governo na Câmara, José Guimarães, dirigindo–se a platéia de uma cidadezinha do interior do nosso Estado, (diante dos “puxa sacos” que sabem só bater palmas) discursou, dizendo: - aqueles de torcem pela saída de Dilma podem acreditar! Passaremos um natal com Dilma e com a CPMF. – “é uma “titiricada” própria daquele gênero”. Este resumo é esteio para não haveria mais transparência para instar o grau de irresponsabilidade que impera o grupo encastelado no governo. É infalível discorrer entre outros fatores e olharem para o atual cenário que pútrida este país. Neste grau seria para dar maior atenção para os déficits para 2016 nas três esferas da federação resultam de vários fatores: estagnação econômica, queda no Produto Interno Bruto (PIB), redução na arrecadação tributária, aumento dos gastos públicos e a eterna incapacidade do governo para cortar despesas da máquina estatal. A situação é tão grave que a presidente Dilma enviou proposta orçamentária ao Congresso Nacional com previsão de déficit primário (receitas menos gastos com pessoal, custeio e investimento, antes do pagamento de juros da dívida) de R$ 30,5 bilhões. Esse déficit é gravíssimo pelo fato de a dívida pública ser muito elevada, já beirando os 65% do PIB, e o governo deve pagar ao menos uma parte dos juros devidos no ano, sem o que o endividamento explode e a crise fica incontrolável. Como regra, a proposta orçamentária não deve ser enviada ao Congresso com déficit primário, pois o orçamento não pode ser aprovado dessa forma. Apesar de queda do PIB, inflação em alta, aumento do desemprego, redução da renda dos trabalhadores e com vários tributos já aumentados nos municípios, nos estados e na União, o governo não tem disposição para reduzir gastos. O que a presidente Dilma quer mesmo é recriar a CPMF e elevar outros tributos, ou seja, o governo quer jogar o peso da conta sobre o setor produtivo e sobre os trabalhadores privados já que os trabalhadores privados já estão pagando pela crise com aumento do desemprego e redução de salários no caso das empresas que aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O PPE é um instrumento legal que permite às empresas reduzirem a jornada de trabalho dos empregados com corte de até 30% dos salários. Metade dessa redução – portanto, 15%, é coberta com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, resultando em redução final de 15% na renda recebida pelo empregado. A essência da proposta do autor do artigo é que os funcionários públicos, não submetidos ao risco de desemprego, também entrem com sua cota de sacrifício para diminuir o déficit de seu patrão, o governo. Se parte dos trabalhadores privados já perdeu ou vai perder seu emprego e outra parte verá seus salários reduzidos, seria lícito pedir aos servidores públicos que, beneficiados com estabilidade no emprego e aposentadoria com o mesmo salário da ativa, participem no combate ao déficit? Compreensivelmente, os funcionários do governo protestariam contra qualquer proposta desse tipo; da mesma forma, os vereadores, os deputados e os senadores não têm disposição para dar sua cota de sacrifício. Pelo contrário, vários reajustes em câmaras e assembléias vêm sendo aprovados ou propostos, e a classe política seguirá tentando jogar mais carga sobre as costas da população, como bem demonstram as elevações de tributos já feitas e as propostas de novos aumentos. Se o país diminuiu o tamanho de sua economia, o PIB de 2014 foi igual ao de 2013 e o PIB de 2015 será entre 2,5% e 3% menor que o de 2014, e se o governo entrou em colapso financeiro pela incompetência dos gestores públicos, no mínimo o sacrifício tem de ser mais bem repartido. O Brasil ficou mais pobre e, até o momento, praticamente só os trabalhadores privados vêm pagando pela crise. O imperativo da irresponsabilidade enseja um Brasil anárquico.
Antônio Scarcela Jorge.

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