terça-feira, 25 de junho de 2013

"PACOTE INSTITUCIONAL"



Presidente Dilma anuncia propostas nas áreas social, econômica e política.

A realização de um plebiscito para uma constituinte para a reforma política foi divulgada

Em reunião com governadores e prefeitos das capitais do país na tarde desta segunda-feira (24), a presidente Dilma Rousseff apresentou cinco pontos nas áreas social, econômica e política que formariam um pacto para melhoras em várias áreas no Brasil. O anúncio foi uma resposta  às manifestações populares que tomam conta das ruas nas últimas semanas.
Na fala inicial durante a reunião, a presidente disse que é preciso unir forças para o combate e controle à inflação, uma das questões vêm diminuindo a aprovação de seu governo. Segundo Dilma, a alta da inflação ainda é reflexo da crise financeira internacional. "A responsabilidade fiscal para garantir estabilidade da economia e garantir o controle da inflação. Essa é uma dimensão importante no momento atual quando a crise castiga com volatilidade todas as nações", disse.
Em seguida, a presidente propôs um plebiscito sobre a realização de uma constituinte para uma ampla reforma política que "amplie a participação popular e os horizontes da cidadania".

Dilma
defendeu ainda que a corrupção seja transformada em crime hediondo e a ampliação da Lei de Acesso a Informação. "Queremos dar prioridade ao combate à corrupção de forma mais contundente. Nesse sentido, precisamos de uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime hediondo."

Com relação às reformas para a saúde, Dilma defendeu a necessidade de trazer médicos estrangeiros para o SUS (Sistema Único de Saúde) por ser uma medida “emergencial e localizada” e que será tomada que “não houver disponibilidade de médicos brasileiros”. A presidente afirmou que a saúde do cidadão está acima de outros interesses.

"Sei que vamos enfrentar um debate democrático. Gostaria de dizer à classe médica que não trata de medida hostil ou desrespeitosa, tendo em vista que temos dificuldades de encontrar médico para trabalhar nas áreas mais remotas", disse. A presidente comparou a importação de médicos com outros países. Ela citou que o "Brasil continua sendo o que menos emprega médicos estrangeiros", com 1,79% do mercado. Nos Estados Unidos seriam 25% e na Austrália, 22%. "Enquanto isso, temos hoje regiões que não têm atendimento médico. Isso não pode continuar", disse. O governo vai ampliar o número de vagas para formação de médicos e também o número de residência. Serão mais de 11 mil vagas de graduação.

Sobre os transportes públicos, ela anunciou R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana, com a criação de mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus. Segundo ela, a redução de impostos pode permitir a redução do preço das passagens. Dilma também cobrou maior transparência na fixação dos preços das tarifas. "O nosso pacto precisa assegurar também uma participação da sociedade e maior transparência no cálculo das tarifas."

Na área educacional, a presidente cobrou do Congresso Nacional a aprovação do projeto que destina 100% dos recursos de royalties e participação especial do petróleo da camada pré-sal para a educação. Segundo o texto, 50% dos rendimentos do fundo social do pré-sal também devem ser direcionados para o setor. Ela afirmou que essa será uma mudança importante e disse contar com a simpatia de governadores e prefeitos.

A presidente fez uma avaliação sobre as manifestações e voltou a garantir que seu governo ouve as ruas. "Nós também sabemos das incontáveis dificuldades para resolvê-las. Eu mesma tenho enfrentado desde que assumi a Presidência inúmeras barreiras. Junto com a população podemos resolver os problemas. Não há por que ficarmos inertes, acomodados ou divididos".

"O povo está agora nas ruas dizendo que as mudanças continuem. Que elas se ampliem que elas ocorram ainda mais rápido. Ele está nos dizendo que quer mais cidadania. Quer uma cidadania plena. As ruas estão nos dizendo que o país quer serviços públicos de qualidade, quer mecanismos mais eficientes de combate à corrupção que assegurem o bom uso do dinheiro público. Querem uma representação política permeável."

"O país deixou de ser governado apenas para 1/3 da população. Passou a ser governado para todos os brasileiros."
Fonte:- Folhapress.


 



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