sexta-feira, 29 de março de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 29 DE MARÇO DE 2019

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
O FUNDAMEN
TAL É A REFORMA POLÍTICA

Nobres:
Os políticos desse país são hábeis, ou melhor, espertos em desviar atenção em referência do que é fundamental e necessária. “são multi-décas campeões do mundo” neste aspecto que protegeram a empanar o brilho da seleção brasileira cinco vezes campeãs do mundo, por causa desses. “Proclamada à anomalia” se apega, para o foco nacional que é a reforma da Previdência passou a ser fundamental para o ajuste das contas públicas, mas não se fala numa efetiva e vigorosa reforma política, que é a mais urgente e necessária que precisamos. Independentemente de qualquer conceituação legal ou doutrinária, o senso comum é eloquente ao afirmar que “somos todos iguais”. De fato, somos! Mas ultrapassando a retórica do discurso, a realidade que vivemos cotidianamente confirma essa certeza. Um dos pilares do Estado Democrático e do Republicanismo é a igualdade. Mas como nossa Democracia atua para patrocinar e proteger a efetiva igualdade ou, ao menos, para minorar ou diminuir nossas latentes desigualdades, não é o que presenciamos. Parece bastante nítido que vivemos num sistema político que gera e perpetua um distanciamento entre ricos e pobres. Não discorremos tão somente em renovação do Legislativo e Executivo, trato, sobretudo dos inúmeros e escabrosos benefícios recebidos por nossos políticos, que pautados na legalidade dessas benesses, apenas usufruem e nunca questionam a necessidade ou moralidade dessas vantagens. Então, façamos, nós, a análise e julgamento da questão. Será que um país onde a esmagadora maioria dos trabalhadores recebe um pífio salário mínimo e outra enorme parcela dos brasileiros vive na miserabilidade, é justo termos uma classe política tão custosa e pouco preocupada com nossas abissais mazelas sociais? Na teoria se evidenciava o discurso do lulismo, mas na prática excitava o contrário, protegia e roubava esta gente principalmente sobre as questões previdenciárias em troco recebia, maiormente das “massas populares do nordeste e de nordestinos em suas maiorias residentes em outras regiões mais desenvolvidas do país”. As células destas ações “programava” a violência, a insegurança pública e outras tantas lástimas que nos afligem, são frutos e consequências das nossas desigualdades. Desigualdades que geram desemprego e a falta de oportunidades, criminalidade, precariedade nos serviços públicos, enfim, uma sociedade pautada em desigualdades, está condenada à penúria de tantos problemas sociais em massa. Porém já passou da hora de sermos conscientes e entendermos que a Democracia é um regime de conquistas, que precisam ser construídas cotidianamente e são pautadas em cobrança e fiscalização do poder público, ações individuais de ajuda ao próximo, sentimentos de coletividade, altruísmo, empatia e solidariedade.
Antônio Scarcela Jorge.

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