domingo, 24 de março de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO 24 DE MARÇO DE 2019

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ARRISCAR A LAVA JATO

Nobres:
Com o enfraquecimento da Lava Jato os políticos corruptos notadamente os que proliferam a Câmara dos Deputados em conjunto com o STF pela maioria de seus membros, tornou-se uma decepção para sociedade brasileira, pior do que o PT, onde um de seus membros até pouco tempo foi advogado deste partido, não por méritos pessoais, mas se manter graças ao protecionismo de uma legenda esquerdista, canalha e anarquista integrantes de uma quadrilha que há pouco tempo deixou de imperar no Brasil. Dentre todos os aspectos e razões racionais à sociedade brasileira apoia e espera outros resultados concretos da iniciativa que já colocou atrás das grades até o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ex-ministros de peso, como José Dirceu e Antônio Palocci, bem como outros políticos influentes, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e por último mais um ex-presidente; Michel Temer que ainda não esfriou a cadeira presidencial em função da conclusão de seu mandato. Mesmo desta forma os integrantes da Lava-Jato não se abateram com decisões como a tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que resolveu, por seis votos a cinco, que os casos de corrupção associados a caixa 2 de campanha devem ser remetidos à Justiça Eleitoral, e não à Justiça comum, o que foi considerada uma vitória da classe política que se integram em ações corruptas. Isso porque muitos acreditam que a Justiça Eleitoral não está devidamente estruturada para julgar a enxurrada de processos envolvendo caixa 2 de campanhas eleitorais. E a Procuradoria-Geral da República crê que a medida pode impactar a apuração de crimes de corrupção. Procuradores que atuam na força-tarefa se articulam para que parte dos processos sobre corrupção e lavagem de dinheiro permaneça na Justiça Federal e não se amontoem aos milhares já existentes na Justiça Eleitoral. A alegação é que ela não tem estrutura para se debruçar sobre ações que apuram crimes mais intrincados, quando a complexidade de transferência de dinheiro ilícito é enorme, além de não contar com profissionais especializados nesse tipo de investigação. Os membros do Ministério Público Federal (MPF) entendem que a decisão do STF pode esvaziar a Lava-Jato, já que a maioria dos processos da operação envolve a associação entre caixa 2 e crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Também estão preocupados com a brecha aberta pelo STF que pode permitir a nulidade, no futuro, de novas investigações de crimes de corrupção. Há divergências entre especialistas sobre a possível anulação de ações, mas a postura da Suprema Corte dá margem para questionamentos judiciais, o que atrasaria ainda mais o “apenamento” ou não dos réus. A população brasileira só tem motivos para aplaudir a maior iniciativa contra a corrupção desencadeada há cinco anos. Os resultados comprovam a importância e o ineditismo da Lava-Jato. Por estes dados foram 159 condenações e a prisão de políticos de primeira grandeza e de empresários do mesmo quilate. Somente 3,6% das penas consignadas pela Justiça Federal do Paraná não foram acompanhadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Tudo isso demonstra que a Lava-Jato tem de ser preservada e que será garantida a liberdade para que continue a fazer o profícuo e republicano trabalho que vem desempenhando até os dias de hoje, pois a sociedade deseja que o combate ao crime de corrupção não tenha hostilidade. Neste sentido a sociedade vivencia a expectativa e por força circunstancial se solidariza e compartilha das ações
Antônio Scarcela Jorge.

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