quarta-feira, 15 de julho de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA 15 DE JULHO DE 2020

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RIO
Scarcela Jorge
OSCILAÇÃO
DAS GERAÇÕES

Nobres:
Na atualidade, a juventude tem sido o foco central das atenções. Os debates sobre o tema são frequentes nos mais diversos âmbitos da vida em sociedade. Nos discursos de intelectuais, cientistas, políticos, jornalistas, educadores, familiares ou estudantes, estão presentes as representações sobre as novas gerações. Estas oscilam entre dois polos de idealizações, sendo ora qualificada como o segmento social fonte de problemas, ora como o construtor do admirável mundo novo. Consolidada como temática central para a compreensão dos dilemas que assolam a humanidade nesse novo milênio, as discussões padecem de um problema crucial, qual seja, a obsessão pela busca de uma definição ideal de juventude. Tal operação tem gerado um arcabouço inegável de conhecimento sobre o tema, mas, por outro, é também a fonte de certo obscurantismo que obstrui nossa vivência cotidiana não nos tornaríamos menos competentes para compreender o sujeito o jovem decorre disso, provoca um dos maiores dilemas que assolam a contemporaneidade: apesar do aumento inegável de conhecimento sobre o tema, temos a sensação generalizada de que nos tornamos menos capazes de lidar com os jovens. Isso em razão da carga de idealizações que são projetadas sobre um sujeito no momento em que o mesmo é categorizado como jovem o mesmo vale para outras categorias sociais relacionadas às idades da vida. Em nossa inteligência, contudo, tal narrativa não dá conta de toda a realidade. Isso porque há um consenso social em prol da juventude, pois, apesar da tendência de se considerar a juventude como a época da rebeldia, da revolta e indignação é natural de representações frequente nada disso deveria garantir privilégios no que tange às responsabilidades na construção do bem comum.
Antônio Scarcela Jorge.

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