segunda-feira, 10 de novembro de 2014

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

AGITADA POLITICAGEM.

Nobres:
Ao analisar o estado político deveras tragicômico ainda compartilhado pela maioria do eleitorado brasileiro de excepcional comprometimento com a irracionalidade que especifica ao mais alto interesse de quem se agregada ao clientelismo científico do lulopetismo, nos proclama a especialidade político-eleitoral do Brasil é a “rejeição”. Não se vota a favor de programas ou ideias. Vota-se “contra”. Não se acatam os partidos. Rejeita-se. - E, nisso, o PT é como a Alemanha e Holanda fizeram dez gols nos dois jogos sequentes da Copa do Mundo em cima da Seleção da CBF realizada aqui no quintal brasileiro, guardada ao desastre proporcional em nosso Estado, é o nosso VOZÃO o time da ruindade em competições nacional. - No atribulado mundo consumista, 12 anos no poder desgastam os governantes, mas com o PT há algo a mais. Tudo se origina nele. Os petistas se comportam como se o país começasse com eles. Os opositores, ou neutros, atribuem ao PT todos os males do planeta, até os inexistentes. A explicação, porém, não está no desgaste do poder. Por exemplo: o PSDB de Fernando Henrique governa São Paulo há 16 anos e reelegeu (com folga) o governador Alckmin em pleno tormento da falta d’água. O Ceará nem se fala em seca, para o eleitor "mergulhar no seco - é o verdadeiro paraíso dos Gomes, tudo é bom, tudo é maravilhoso - O problema é velho e brutal, mas nem piou na campanha eleitoral, que lá foi tão medíocre como entre nós. Num país em que o voto expressa só uma obrigação, não um dever cívico espontâneo, o eleitor negocia o voto, como moeda corrente, estimulando os desmandos e a corrupção. Somam-se os partidos que explicam que a rejeição guie a política. O PT surgiu na esquerda como revolução de esperança, rejeitando a famélica política das raposas, até ser visto como uma raposa a mais. Na ânsia de agarrar-se ao poder, doou postos chaves ao PMDB e a outros 10 partidos da base alugada, a começar pelo PP, de Maluf, ou o PRB dos “bispos” Crivella e Edir Macedo, da Igreja Universal. Em seguida os líderes nacionais do PMDB (Sarney, Renan Calheiros, Michel Temer e outros) controlam ministérios, empresas estatais, autarquias e fundos de pensão. Aí, usufruem de orçamentos superiores aos do próprio “dono”. - A fraude bilionária na Petrobras teve como figura principal o diretor nomeado pelo PP. O ministério de Minas e Energia, que controla a empresa e toda a estratégica e bem aquinhoada área energética, é do PMDB desde 2005, ainda com Lula. Dias atrás, o presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras), Sérgio Machado, há 11 anos no cargo por indicação do senador Renan Calheiros, foi levado a “pedir licença” por 31 dias, ao aparecer envolvido em subornos na compra de navios. A demissão (que virou “licença”) foi exigência da empresa norte-americana que, seguindo as normas internacionais, faz a auditoria da Petrobras, mas o PMDB avisou que tomava o ato como ameaça de despejo. Na CPI de senadores e deputados sobre a fraude na Petrobras (depois que o ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, falecido há meses, surgiu entre os subornados), governo e oposição se ameaçaram mutuamente em convocar os “grandes” de ambos os lados. Lula, Dilma e Fernando Henrique. Mas o relator da CPI, o canoense Marco Maia, hábil ex-metalúrgico do PT, lembrou que “um unânime acordo anterior” impedia ouvir políticos e o temporal se amainou. Disputas, intimidações e ofensas dominam a área política, mas tudo termina em acordo de conveniência. A estrutura dos partidos pensa na própria preservação, mais do que em preservar a verdade. A “coisa pública” a República passa a plano inferior. Para que a raposa não se banqueteie com as uvas antes do banquete, a reforma política deve começar pelos partidos. Enquanto forem meros aglomerados em busca do banquete. Enquanto o Brasil é mesmo assim.
Antônio Scarcela Jorge.

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