segunda-feira, 24 de agosto de 2015

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2015

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

BRASIL O PARAÍSO DOS CORRUPTOS.

Nobres:
É de costume atribui que o nosso país foi descoberto sob a égide de corruptos, esteio bem aceito por um segmento populacional que também é adepto da corrupção. Neste contexto é que pobre de nós, graças a Deus que o papa não é brasileiro (maior católica), se assim fosse, há muito o Santo Lula estava canonizado! - Entre várias razões dá sentido direcional à propina de US$ 5,5 milhões (mais de R$ 18 milhões em nossa moeda e que pode chegar a muito mais) recebida por Eduardo Cunha, do PMDB, como indica a Procuradoria-Geral da República, é parte dos US$ 40 milhões com que uma empresa coreana subornou o alto mundo da política na compra de navios-sonda para a Petrobras. Como tal, escondeu-se pulando de bancos suíços aos do Uruguai para se homiziar, até, na igreja Assembléia de Deus. Lá, nos gabinetes atapetados do parlamento, em Brasília, mãos e mentes planejaram tudo em minúcias, com a autoridade impune da máquina do Estado. Porém, é comum característica a naturalidade com que perpetraram vários crimes desde o comum a característica hedionda, vai a desfaçatez com que negam a abjeção do ato em si. O assalto é parte do exercício do poder político. Os delitos do poder se escondem no próprio poder. A ditadura direitista aboliu o direito à verdade, estuprou a imprensa, fez da crítica um crime e nos viciou no silêncio. Na redemocratização, continuamos calados e com medo do poder político. Já protestávamos na rua, mas a esmo. A Procuradoria-Geral da República não usava o direito de investigar e informar. Engavetar valia mais do que denunciar. O Ministério Público era tido, ainda, como servo de elite do presidente da República, ou de suas graças mudou. No mensalão, o procurador-geral Roberto Gurgel suportou ofensas e ameaças sem recuar na denúncia que levou à condenação dos réus. O inquérito da Lava-Jato é a fase adulta do Brasil. A Polícia Federal e os procuradores foram ao fundo do poço imundo e o juiz Sergio Moro, sem medo, chegou ao maior assalto da História, a partir de negociatas do então deputado José Janene, do PP, Partido Progressista. Surgiu, então, a trama sinistra comandada na Petrobras pelo próprio PP, em conluio com PT e PMDB, com migalhas ao resto da base alugada. Agora, a ira dos políticos cai sobre o procurador-geral Rodrigo Janot e os procuradores que, em Brasília, desdobram a Operação Lava-Jato. Com a denúncia ao Supremo Tribunal, o que poderia ser ilação vira realidade da perversão atual da política. Mais perturbador, porém, é o silêncio dos partidos. Os três principais envolvidos (PT, PP e PMDB) não piaram e a oposição se calou. Aécio Neves, presidente do PSDB, que comandou as manifestações de rua do último domingo pela “renúncia de Dilma”, não quis comentar as denúncias. O líder do seu partido na Câmara decidiu “aguardar” o curso do processo. Na mesma linha, o dirigente do DEM crê que “não há motivo” para Cunha deixar a presidência da Câmara. Essas questões transcendem fatos acima de altos interesses. Querem abusar e assassinar a República.
Antônio Scarcela Jorge.

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