COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O LIMITE DO ABSURDO
Nobres:
Todo o governo culpa e direciona a sociedade brasileira atuando com elevadas taxas
que se traduz em impostos, ainda mais os efeitos de uma crise econômica imunizada
aos corruptos que em “contrapartida afeta o Brasil, que está com um déficit de
R$ 149 bilhões previsto para as contas públicas em 2017 e atinge de forma letal
a população brasileira não é fruto do acaso. A gênese do problema também pode
estar nas distorções dos valores morais e no descaso com a coisa pública e, fica
ainda mais claro e evidente, nas práticas exercidas por alguns dos legisladores
‘outorgados’ pelo povo através do voto. Em algumas situações, sobressaem-se os
atos maus feitos, como a legislação em causa própria a principal bíblia do
corrupto. Num momento em que é preciso ouvir as vozes em clamores pelo fim do
sofrimento de muitos e do benefício de poucos, dos pesados impostos que
sobrecarrega os contribuintes, o que se observa é que as instituições ainda
insistem em olhar para o próprio umbigo. Segundo levantamentos de especialistas
Em assuntos políticos e econômicos e de acordo com veiculações da mídia
nacional, tanto a Câmara dos Deputados, quanto o Senado Federal, não esboçam
nenhuma atitude, por mais ínfima que seja, de cortar a própria carne. O
orçamento do Congresso Nacional em 2016 foi de R$ 9,4 bilhões. Traduzindo em
miúdos, o trabalho dos parlamentares custou o equivalente a R$ 1,1 milhão por
hora e foi bem superior aos investimentos de cada um dos 39 ministérios em
2015. Nesse montante, não foram inclusas as emendas parlamentares. Levantamento
do Congresso em Foco, considerado uma espécie de ombudsman das ações
parlamentares no Brasil, o maior orçamento é o da Câmara Federal, com R$ 5,5
bilhões. Além de 513 deputados, a Casa possui 16.445 funcionários efetivos e
comissionados. Somente com pagamento de pessoal e encargos sociais foram gastos
R$ 4,4 bilhões, o que representa 80% do orçamento. A fatia maior das despesas
do Congresso Nacional com salários e benefícios relacionados aos deputados e
senadores extrapola R$ 1 bilhão por ano. Os gastos com cada deputado somam R$
143 mil por mês. Em relação ao Senado Federal, que é composto por 81 senadores
(três para cada um dos 26 estados e para o Distrito Federal), em uma divisão
igualitária, a conta ultrapassa R$ 160 mil mensais e pode chegar a R$ 2 bilhões
durante o ano. Além do salário, cada deputado tem direito a ajuda de custo,
auxílio-moradia, e verba de gabinete e pode contratar até 25 funcionários. Em
outros períodos, como na década de 1960, os gabinetes contavam com no máximo
dois assessores. Com a Lei da Transparência, que determina que os órgãos
públicos divulguem seus gastos, ficou mais fácil saber como o dinheiro do
contribuinte é utilizado. Através do site do Senado, por exemplo, agora é
possível dimensionar as equipes de apoio a cada um dos parlamentares. O tamanho
de alguns gabinetes chama a atenção. Em média, cada senador pode contar com 35
assessores. Conforme levantamento do Congresso em Foco, tem senador que
consegue atender as demandas de suas funções com 9, 19 ou 20 assessores. Por
outro lado, existem alguns que empregam 79, 80 e até 91 funcionários. Nesses
casos ou eles estão completamente fora da rota ou estão trabalhando
demasiadamente. Uma coisa que nem todos sabem, mas que está disponível no
próprio endereço virtual do Senado, é que, tanto no início, quanto no fim do
mandato, os congressistas recebem uma verba de R$ 33,7 mil para compensar as
despesas com mudança e transporte. No que depender das projeções já anunciadas
para o ano de 2017, ao que tudo indica as ações do Congresso Nacional para
reduzir as suas despesas não será das mais significativas. A Câmara dos
Deputados e o Senado Federal têm orçamento previsto de R$ 10,2 bilhões para
2017. Isso quer dizer que o trabalho dos parlamentares brasileiros custará o
equivalente a R$ 28 milhões por dia. Os gastos das duas Casas só perdem para os
investimentos do Ministério dos Transportes, que deverá aplicar R$ 10,6 bilhões
no próximo exercício. Além de já colecionar estatísticas negativas que
contribuem para piorar a imagem externa do Brasil, o custo do congressista
brasileiro é o segundo mais caro em um universo de 110 países. Pelo mesmo lado
imoral de outros poderes, inclusive a sua excelência Michel Temer, atual
presidente da República e os ex o “mestre” da corrupção, Collor e Sarney entre
outros procuram obstruir a “Lava Jato”. A única “coisa boa” e, defesa da
sociedade ética, daquele já é considerada a maior do planeta por entidades
internacionais. Na força é uma libertinagem moral que impera no país.
Antônio
Scarcela Jorge.
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