sexta-feira, 3 de novembro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 3 DE NOVEMBRO DE 2017






COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
IMORALIDADE DO POLÍTICO UMA REGRA NACIONAL

Nobres:
O momento vivido por políticos que ostentam mandatos no Congresso Nacional é decomposto pelas ações tomadas por estes (sabemos que estamos ferindo a palavra – por chamá-los de senhores em sua maioria - exceção a parte, talvez nem chegue a uma dezena). Toda a trambicagem formada por apelido de reformas na área política e econômica ao vê a iminência de uma crise a muito anunciada de princípio praticada pelo lulismo que perdurou cerca de treze anos e seqüenciada pelo governo que está. Os desvios se tornaram sólidos após a consolidação de forças corruptas que permeiam no poder, de princípio enunciaram uma espécie de competição eleitoral no nosso país: o campeonato de demagogia, mentiras, e corrupção, financiado pelo poder público e sustentado atualmente pelo Congresso Nacional. E o pior: os mais modestos corruptos e demagogos constituem a maioria neste Congresso, pois são os políticos que seguem suas conveniências pessoais, momentâneas, definitivas e subalternas. Com as exceções de costume, muitos deles se prostituem com a volubilidade de quem julga que nunca terá de prestar contas a ninguém e a nenhuma autoridade pelo uso que fazem dos instrumentos que a democracia deixa em suas mãos. A oportunidade (que se está deixando passar) de punir os partidos políticos não retornará. Puniu-se e procura-se punir os tesoureiros dos partidos, que lançaram mão de propinas recebidas e as legalizaram a título de doações. Ocorre que estas doações foram provenientes de propinas que proporcionaram a uma elite e a empresas um poder de lucro incomensurável, e estes mercenários políticos se tornaram subalternos desta elite se utilizando e confundindo o patrimônio público com o privado. Perde-se a oportunidade de punir os partidos políticos legalmente, pois a lei eleitoral que criou o Fundo Eleitoral assim o determina: “Fica suspenso o pagamento do Fundo, por um ano ou dois”, ante os atos praticados ilegalmente e quanto ao recebimento das propinas; em caso de investigados e provados estes atos, os partidos teriam seus registros cassados. Nota–se que escrevemos no condicional, pois não se acredita que teremos punição alguma, e os que aí estão continuarão a fazer o que sempre fizeram: praticar atos de fancaria e corrupção, mas somente os tesoureiros dos partidos serão punidos. O partido fica impune dentro de uma ilogicidade jurídica tresloucada. A oportunidade (que se está deixando passar) de punir os partidos políticos não retornará. As provas coligidas pela Lava Jato são suficientes para cassar o registro de quase todos os partidos que infestam a vida política nacional. Pagamentos a homens criadores de ilusões no exterior, caso do PT. Mentiras ditas várias vezes que se tornaram verdades, pela repetição, e enganaram os eleitores. Uma vergonha nacional que transcendeu nosso país e nos conduziu, infelizmente, ao nível de certa imoralidade internacionalmente, além das fronteiras geográficas das nações e dos regimes políticos dos Estados, violando ao mesmo tempo a segurança coletiva e a dignidade dos eleitores e do homem, objeto do fim supremo das leis, especialmente as eleitorais. Em definitivo, esta procura de conteúdo em comum sob o ponto de vista do Direito nos conduz a certa violação moral internacional, mesmo porque inexiste moralidade administrativa e eleitoral diferenciada em cada nação ou país. Quando da criação do Fundo Eleitoral, dela decorreu a necessidade de um bem elaborado programa com discriminação de direitos e deveres e uma fixação de um regime disciplinar a mostra de outras nações. Os exemplos deveriam agir na prática, da mesma forma, pois as penalidades foram fixadas legalmente (mas não observadas) e não moralmente, ante a brutalidade dos atos corruptos praticados que ofendeu a toda a nação, eleitores e não eleitores. Houve ofensa as leis eleitorais, operar, para seus fins, com um conceito de administração, frente à legislação e à justiça. Enfim, o Direito Político e Eleitoral estuda estas três facetas separadamente do poder e da atividade do Estado e, é deveras uma lástima.
Antônio Scarcela Jorge.

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