quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA 30 DE JANEIRO DE 2020


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
A PROPÓSITO DE EXPECTATIVA DA VIDA

Nobres:
Muitos discorrem a expectativa de vida humana como fator de desenvolvimento alcançado por fatores diversos e contraditórios ao mesmo tempo, ao conhecermos mais do mundo real e os problemas envolvidos na vida em sociedade, o medo e a ansiedade tomam conta de nós. Com o passar do tempo, nos tornamos mais angustiadas, dadas as demandas que recaem sobre nós e os riscos a que somos persistentemente expostos. Ao acumularmos mais maturidade e entendermos melhor os limites do sofrimento e dimensionarmos melhor os riscos a que estamos sujeitos restringem a ansiedade e aprendemos a obter satisfação de coisas mais simples, as relações humanas entre elas. Paralelamente, o acúmulo de experiência profissional e a consolidação de nossa posição no mercado de trabalho reduzem a percepção de risco a que estamos sujeitos. Isso também contribui para nossa maior felicidade a partir dos quarenta e cinco anos, mais ou menos, se transformando  como a idade da razão. Os economistas possuem sobre a relação entre renda e idade. Ela é a chamada Teoria do Ciclo de Vida. Imagino que no início da vida as pessoas geram renda baixa e sobrevivem de “empréstimos” que recebem dos seus responsáveis (pais, etc.). Com o passar dos anos, aumenta a sua geração de renda paulatinamente, atingindo um máximo. Depois os indivíduos passam a despender menos tempo no engajamento produtivo e vão diminuindo a renda gerada a partir de tal esforço, eles passam a manter seu padrão de vida recorrendo ao estoque de riqueza acumulado a partir de rendas anteriores (e juros que ele gera). O esforço produtivo vai caindo paulatinamente, até o fim da vida. Estudos empíricos indicam que a geração de renda atinge seu máximo pouco acima dos cinquenta anos de idade em países desenvolvidos e um pouco antes em países em desenvolvimento. A proximidade no momento da vida dessas duas reversões de intenções não é aleatória ela sugere que quanto maior a necessidade de gerar recursos financeiros é mais infeliz. A convenção desses dois resultados parece lembrar que dinheiro pode até não trazer felicidade, mas a necessidade ou maior responsabilidade pela sua geração realmente reduz a felicidade. Vale salientar que esses resultados são padrões de comportamento, não necessariamente refletindo a vida de todos e em virtude disso embraveemos refletir sobre esses conceitos.
Antônio Scarcela Jorge.

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